Vinícius Lummertz toma posse como presidente da Embratur
O catarinense Vinícius Lummertz que exerceu a presidência da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) de junho de 2015 a março deste ano, retorna como presidente deste órgão esperando adorar um conjunto de medidas que irá romper barreiras burocráticas e alavancar o turismo brasileiro.
A 22 dias da Olimpíada e Paralimpíada do Rio de Janeiro, momento inédito no Brasil, o catarinense demonstrou otimismo com os Jogos, durante solenidade de posse realizada nesta quinta-feira (14), na sede do Instituto, em Brasília, que contou com a presença de parlamentares, autoridades e empresários do setor.
A proposta de Lummertz é seguir as diretrizes do Plano Nacional de Turismo (PNT) e das defesas no âmbito do Conselho Nacional de Turismo. Entre elas, ele pontuou a busca por investimentos privados nacionais e internacionais em PPPs e concessões, o esforço para destravar obstáculos na criação de marinas e portos turísticos, na abertura de parques naturais, no desenvolvimento de parques temáticos, resorts, cassinos e cruzeiros, além da flexibilidade de investimentos nas cidades históricas.
Presenças entre outros do ministro interino do Turismo, Alberto Alves e do Deputado federal Herculano Passos (PSD/SP), presidente da Comissão de Turismo na Câmara. Na ocasião, Lummertz agradeceu a confiança do presidente Michel Temer, reiterando que retribuirá a nomeação com lealdade, criatividade e trabalho..
Alavanca de crescimento
Lummertz defendeu que somente o turismo pode repetir o impulso que a agricultura e o agribusiness propiciaram à economia brasileira. “Queremos um Brasil que funcione melhor e esta é uma especialidade do turismo. Não desenvolveremos um País continente sem liberar o povo para trabalhar, empreender e progredir. E as dimensões econômicas do setor são gigantescas, podem fazer o que impostos e gastos governamentais não podem”, destacou.
O maior empecilho, segundo ele, ainda é a falta de consenso sobre a força do turismo na esfera pública, nas normas, legislações, programas e ações conflitantes em todos os níveis, que não enxergam o turismo como aliado. Para Lummertz, tudo isso criar um ambiente difícil tanto para investidores nacionais como para os estrangeiros.
Embratur forte
Segundo Lummertz, para superar os atuais desafios do setor, é necessário ter uma “Embratur forte” e pronta para honrar sua tradição de 50 anos. Ele criticou o atual orçamento da autarquia, comparando-o ao dos competidores, incluídos os vizinhos latino-americanos, que investem muito mais, e às reais necessidades do Brasil.
“Podemos trazer mais turistas e investimentos para o País, o que precisa ser feito por meio de uma Embratur forte na disputa da competição internacional. Esta realidade somente será alcançada com um novo ambiente de negócios, que passa por um conjunto de leis, decretos e portarias que desburocratize e incentive o setor. Já fizemos isso uma vez com a Lei Geral do Turismo”, descreveu.