Turista destrói estátua de Patativa do Assaré
A cidade de Assaré no Cariri cearense ficou sem um de seus cartões-postais. É que um turista paraibano, radicado em SP, subiu no pedestal da estátua para fazer foto do popular poeta cearense Patativa do Assaré, que ornava a praça da Igreja Matriz, quebrando-a em diversas partes. Feita de resina, e sem condições de restauro, à família e população só resta aguardar novo monumento. Políticos locais prometeram à cidade uma nova estátua, desta vez em bronze, no valor de R$ 60 mil, mas que ainda não ficou pronta – e nem tem data para ficar em homenagem ao franzino poeta nascido em 1909 e morto em 2002. A estátua, em tamanho natural, medindo 1,60m, estava localizada desde 2004 em frente ao Memorial Patativa do Assaré, na rua Coronel Francisco Gomes, ao lado da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Assaré. O pequeno município está encravado no lado oeste da Chapada do Araripe, no Cariri cearense, distante 520 quilômetros de Fortaleza. A presidenta da Fundação Memorial Patativa do Assaré, Isabel Cristina , neta do autor de poemas como:Triste Partida, musicado por Luiz Gonzaga, contou que ficou revoltada ao tomar conhecimento do ocorrido. No entanto, quando soube que não foi algo proposital, e que o autor do feito era um grande fã de seu avô, resignou-se. Foi um acidente. Quando se posicionou para o clique ao lado de Patativa, o turista escorregou, tentou se amparar na estátua e acabou no chão abraçado ao monumento, já despedaçado. O turista era Claudeilton Soares Alves, 40 anos, cabeleireiro, natural da cidade de Patos, na Paraíba, radicado em São Paulo e que fraturou a clavícula, deslocou o braço e lesionou um joelho, enquanto a estátua se partiu nas pernas, no tronco e no pescoço. Nunca vi uma estátua que não fosse pregada ao menos com parafuso ou cimento. Estava tudo solto, colocado feito um jarro de flor em cima da mesa?, desabafou o turista. A estátua de Assaré era uma réplica de outra em bronze exposta desde 2004 no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, concebida pelo escultor paulista Murilo Sá Toledo, com base no material de pesquisa pelo professor aposentado da Universidade Federal do Ceará, Gilmar de Carvalho. A cópia foi um presente. A nova versão também será de Murilo Sá Toledo.