Os 3 mil anos das Itacoatiaras de Ingá pedem socorro e podem desaparecer
A erosão, vandalismo e não implementação do Parque Arqueológico das Itacoatiaras de Ingá coloca em risco um patrimônio único de mais de 3 mil anos de história da Paraíba. Localizadas a 70 km de João Pessoa e a 40 km de Campina Grande, onde se destaca uma grande pedra de 24 m de largura por 3 m de altura, em meio a blocos de gneiss, estrangulando um rio, as Itacoatiaras tem chamado a atenção de estudiosos de todo o mundo. Tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 30 de novembro de 1944, por iniciativa de José Anthero Pereira Júnior, da Universidade de São Paulo, as Itacoatiaras de Ingá, (“pedras riscadas” em tupi) estão a mercê das chuvas que enchem o Rio Ingá, agravando o processo de erosão, deste que é um dos mais importantes monumentos rupestres do país. A ação intermitente da chuva e do sol provoca choques térmicos que resultam em escamações da pedra com a perda gradativa de caracteres impressos em baixo relevo.