Fraudes no MINISTÉRIO DO TURISMO causam prejuízos de R$ 67 milhões
Após 4 meses de análises a auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) chegou à conclusão de que as fraudes no Ministério do Turismo geraram prejuízos de R$ 67 milhões. As análises foram feitas sobre os convênios e contratos celebrados pela pasta com 22 entidades, no âmbito do programa Turismo Social no Brasil: Uma viagem de Inclusão. As denúncias se tornaram escândalo em agosto passado, quando a Operação do Voucher, da Polícia Federal, prendeu 38 pessoas envolvidas nas fraudes, entre elas o secretário-executivo Frederico Silva da Costa, número 2 do Ministério do Turismo, o secretário de Desenvolvimento Turístico, Colbert Martins e o ex-presidente da Embratur, Mário Augusto Moysés, que certa vez chegou até a ser cotado a assumir o Ministério. A CGU identificou nas prestações de contas, na execução dos projetos com alguns apenas iniciados e não terminados, falta de comprovação de despesas, vícios nos processos de seleção e um caos no monitoramento e fiscalização desses programas. Muitos cursos que foram oferecidos não comprovaram participantes e nem documentos de pagamentos e diárias e passagens sem relação dos beneficiários. As fraudes foram encontradas também no programa de qualificação profissional Bem Receber Copa, que preparava pessoas para trabalharem na realização da Copa de 2014. O então Ministro do Turismo, Pedro Novais, responsável pelo ministério e que foi indicado por José Sarney pressionado pediu demissão. O relatório concluiu pela continuidade da suspensão de liberação de recursos para o programa, aprofundamento das investigações e o ressarcimento dos prejuízos. Alguns dos envolvidos haviam sido presos, mas agora com esta conclusão espera-se que volte para a cadeia e haja a devolução dos R$ 67 milhões aos cofres públicos.