Eram os deuses astronautas?
Balduíno Lélis vai mais além e enxerga a ocorrência de linguagem matemática e figuras que são, por dimensionalidade, múltiplos de três. O professor Francisco Farias, da Universidade Federal da Paraíba já vê semelhanças entre as gravuras paraibanas e caracteres observados na Ilha de Páscoa. Todo mundo tem o seu palpite. Alguns acham que foram seres extraterrestres e na era dos hippies era o local mais procurado pelos bichos-grilos para seus rituais de paz e amor. .Para muitos, o que está li gravado não é texto, não é escrita. “Deve ser sistema mnemônico para ajudar aqueles que o gravaram a memorizar algo da vida deles, do cotidiano”, a firma um pesquisador. De concreto quem consagrou a Pedra do Ingá nos meios arqueológicos foi Eric Van Daniken, autor de “Eram os Deuses Astronautas?” que cita as Itacoatiaras como lugar de visitação por seres de outros planetas. Em 1967, o americano Cyrus Gordon após ter acesso a documentos de 1874 de Wilberforce Eames, afirma que uma missão fenícia teria chegado a Paraíba há mais de 3 mil anos. Gordon chegou a publicar o livro “Before Columbus” (Antes de Colombo) uma obra que faz a tradução do que acreditava ser a “Pedra da Paraíba” registrando o que classificava da presença fenícia na América do Sul.
Eis a leitura das Itacoatiaras segundo Gordon: “Somos filhos de Canaã, de Sidon, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a essa distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no 19º de Hiram, nosso poderoso rei. Embarcamos em Ezion-geber no Mar Vermelho e viajamos com dez navios. Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade e nos afastamos de nossos companheiros e assim aportamos aqui, doze homens e três mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas interceder em nosso favor.” A verdade é que tanto para Cyrus Gordon como para a francesa Gabriela Martins, as Itacoatiaras da fazenda Pedra Lavrada, em Ingá, embora não devidamente estudadas constituem as inscrições pré-históricas mais importantes do mundo.