Elizabeth Teixeira recebe visita do Governador Ricardo Coutinho
Elizabeth Teixeira, víúva de 11 filhos, sendo dois deles também assassiando, do líder camponês paraibano que há 49 anos (no dia 2 de abril de 1962) foi assassinado quando retornava para sua casa recebeu a visita do governador da Paraiba Ricardo Coutinho, ao lado da Primeira Dama Pamela Bório e do filhinho do casal Henri ´Bório Vieira Coutinho. Na ocasião o governador determinou à sua assessoria jurídica a realização de um estudo para verificar a possibilidade legal de o Estado desapropriar a área em que está localizada a casa onde morou o líder camponês João Pedro Teixeira, no povoado Barra das Antas (região do município de Sapé/PB). O objetivo é viabilizar a instalação do Memorial João Pedro Teixeira, órgão de grande importância para o fortalecimento da luta pela reforma agrária no Estado da Paraíba. O Conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) vai se reunir para discutir o processo de tombamento da casa.Falando para uma média de 300 camponeses que participaram das homenagens à memória de João Pedro Teixeira, iniciada com uma caminhada pelos três quilômetros que separam o local do assassinato do líder camponês, em frente à Escola Municipal Cândida Emília (localizada no município de Sobrado, às margens da rodovia PB-073 – “Rodovia João Pedro Teixeira”) e o povoado “Barra de Antas”, em Sapé, o governador observou que pela primeira vez na sua história contemporânea a Paraíba vive um momento em que a gestão estadual é puxada por alguém que saiu das bases e da militância populares.Durante o golpe militar a viúva Elizabeth Teixeira, hoje com 86 anos passou oito meses oito meses presa no quartel do Exército. Sofri muita pressão com policiais dando muitos tiros em volta da minha casa, bem perto do meu ouvido; era um sofrimento meu e de meus filhos”, observou, lembrando que a sua filha mais velha, Marluce Teixeira, chegou a se suicidar no momento em que os policiais chegaram para prender a sua mãe.