São João na PB com mais projeção nacional
O movimento nos aeroportos e rodovias da Paraíba segue intenso. É que, ano após ano, o São João no estado ganha ainda mais alcance e repercussão, o que atrai turistas de diversas partes do país para as cidades que possuem programações juninas desde o início do mês até a primeira semana de julho.
Durante este período, segundo informações da PBTur, todos os 223 municípios paraibanos realizam suas comemorações em maior ou menor proporção, podendo-se destacar as festas de João Pessoa, Campina Grande, Bananeiras, Patos, Monteiro, Santa Luzia, Sousa e Santa Rita. Para dar conta do aumento no fluxo de passageiros, as companhias aéreas reforçaram o número de voos e as agências de viagens preparam pacotes especiais, o que resulta em altas taxas de ocupação hoteleira, principalmente, nos cerca de 14 mil leitos da capital e nos quase 5 mil na Rainha da Borborema.
A grande circulação de pessoas pela Paraíba, incluindo o deslocamento dos próprios moradores para cidades vizinhas, tem mostrado a pujânca das celebrações, que, volta e meia, são destaque nos programas da mídia nacional. Apenas na Rainha da Borborema, a previsão da prefeitura municipal é que o Maior São João do Mundo receba, até o próximo fim de semana, cerca de 2,5 milhões de visitantes, o que deve movimentar mais de R$ 500 milhões na economia campinense.
Segundo o professor da Fundação Dom Cabral (FDC) Bruno Portela, as festas juninas passam, desde 2022, por um fenômeno de agitação em consequência da demanda reprimida depois de dois anos sem as aglomerações por conta da pandemia de Covid-19. “As pessoas estão matando a saudade dos grandes eventos. Esse saudosismo trazido depois do isolamento social potencializou não só o São João, mas o Carnaval e outras festas realizadas no Brasil. Além disso, é uma data cultural muito importante no calendário nacional, pois envolve muitos aspectos típicos, como comidas, danças e músicas”, disse ele, que é mestre em Administração e especialista em Marketing.
Bruno ainda avalia que a grande presença de marcas nacionais nos eventos juninos mostra um processo de regionalização da comunicação das empresas, que têm entendido a pluralidade do Brasil e os seus diferentes sotaques. “Até então, não era uma data tão explorada comercialmente pelos grandes players, mas isso tem mudado. Hoje há um investimento maior das companhias interessadas em patrocínios e experiências com esse público, que é uma parcela grande de consumidores. É mais uma data comercial a ser explorada e a economia só tem a ganhar”, falou.
Fundação Dom Cabral
Eleita a sétima melhor escola de negócios do mundo e a melhor da América Latina pelo Financial Times, a Fundação Dom Cabral desenvolve há mais de 40 anos executivos, gestores públicos, empresários e organizações de diversos segmentos em vários países. Conectando teoria e prática, a FDC oferece soluções educacionais nacionais e internacionais, sustentadas por alianças estratégicas e acordos de cooperação com renomadas instituições na Europa, nos Estados Unidos, na China, na Índia, na Rússia e na América Latina.