Samba de sábado
Helô Nascimento é mais um talento da nova safra de interpretes paraibanos a levantar a bandeira do samba-raiz e MPB. Nas suas apresentações, dá vez aos guardiões dos clássicos, como Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, Alcione, Leci Brandão, Clara Nunes, Maria Bethânia e Elis Regina. No momento, ela está focada na gravação do seu EP autoral, previsto para ser lançado ano que vem.
Sob a direção de Pé do Cavaco, agora ela inaugura o projeto “Helô Nascimento e Roda de Samba”, somando a contribuição dos cânones do samba às suas músicas “Mensagem de Paz”, “Samba Afinadinho” e “A mulher do Samba” (as duas últimas frutos de uma parceria com Maurinho Procópio).
Helô se apresenta neste sábado (05), no Sabadinho Bom, projeto que abre setembro com uma roda de chorinho e samba na Praça Barão do Rio Branco, no Centro Histórico, a partir das 11h30. Além de Helô Nascimento, sobe ao palco o multi-instrumentista pernambucano Roberto do Valle. O projeto é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope).
Natural do Recife, do Valle fará uma reverência à contribuição musical de Jacob do Bandolim em choros inéditos, pouco conhecidos do grande público. Exemplos são “Lembranças”, “Sapeca Iaiá”, “Hilda (‘Teu Beijo’, gravada por Mário Álvares)”, “Orgulhoso” e “Já que não Toco Violão”, este particularmente de difícil execução ao bandolim. “Primas e Bordões” (Izaías do Bandolim), “Araponga” (Luiz Gonzaga) e “Rio – São Paulo” (Niquinho/Altamiro Carrilho) completam o repertório. A cantora Vanessa Albuquerque fará uma participação especial cantando “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho) e “Altar Particular” (Maria Gadú).
Profundo estudioso do gênero e dono de 36 anos de carreira, do Valle toca piano, violino, violoncelo, violão clássico e bandolim. Participou de inúmeros festivais, concertos e oficinas pelo Brasil e chegou a acompanhar os ídolos Sivuca, Canhoto da Paraíba e o Maestro Spok. Gravou oito álbuns com participações. Agora, prepara-se para gravar o primeiro álbum solo, ao estilo de standards do jazz. Nesta apresentação, do Valle sobe ao palco ao lado de Júnior do Cavaco e Edvaldo Albuquerque (no pandeiro).