Luxo sustentável
Foi realizada pelo Boston Consulting Group, em parceria com a Fundação Altagamma, uma pesquisa com dez mil consumidores de luxo, em dez países, incluindo o Brasil, onde os entrevistados que mais chamaram a atenção foram os denominados “Social Weares”. Estes, que correspondem a 10% dos consumidores brasileiros, na faixa etária entre 35 e 40 anos, revelam que estão mais interessados no luxo como instrumento para um mundo melhor do que distinção social.
Segundo a arquiteta Vanessa Figueiredo, especialista em projetos arquitetônicos sustentáveis, a sustentabilidade deixou de ser uma coisa pontual, uma questão de reaproveitamento de materiais ou coisas supérfluas e passou a ser uma maneira inteligente de usar os recursos em benefício próprio e da sua qualidade de vida.
“A sustentabilidade traz mais conforto, proporciona uma consciência dos dias atuais. As pessoas vêm se preocupando com este assunto e inserindo no dia a dia. Hoje existe uma preocupação mais ampla com a casa, com o lugar onde vai estar com a família. Preocupa-se, por exemplo, em ter um conforto térmico, em poder ensinar para o filho como fazer a compostagem de um alimento, ou de como aproveitar um recurso natural, que a gente tem em abundância no nosso país. Poder usar o sol, a chuva, de uma forma inteligente é o que na verdade deveria conquistar e cativar a todos, mas o público de luxo está vendo isso de uma forma mais rápida”, explica a arquiteta.