Palestra na Asplan
A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em parceria com Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), receberá, no próximo dia 19, às 10h, um dos principais meteorologistas brasileiros, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), doutor em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia de Florestas, Luiz Carlos Baldicero Molion. Ele dará a palestra “Perspectiva do clima para 2020 e sua tendência para os próximos 10 anos”. O evento vai acontecer no auditório da Asplan, na Rua Rodrigues de Aquino, 267, em João Pessoa. Molion defende que o homem e suas emissões de gases estufa na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. O evento é direcionado, prioritariamente, aos associados, mas o público interessado poderá assistir se houver espaço no auditório que tem capacidade para 250 pessoas.
Em maio de 2019, o pesquisador afirmou, por exemplo, em evento promovido pelo Senado Federal, que os modelos aplicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) possuem lacunas e fragilidades no seu rigor científico e servem mais a interesses geopolíticos e econômicos. Segundo informou a Agência de notícias do Senado Federal, na época, Molion apresentou dados provando que entre 1920 e 1940 a temperatura média da Terra aumentou mais de 4° centígrados, num período em que a concentração de CO2 era inferior a 300 partes por milhão.
Além disso, depois da 2ª Guerra Mundial, quando em todo o mundo o processo de industrialização foi extremamente intensificado e as emissões de gases foram muito maiores, a temperatura média caiu. O meteorologista fez questão de ressaltar que até hoje a temperatura média global é inferior à verificada na década de 1930 e que o recente período de aquecimento global, verificado a partir da década de 1990, está ligado à cobertura das nuvens, ou seja, na falta dela, a temperatura se eleva naturalmente.
Para o presidente da Asplan, José Inácio de Morais, o tema é importante para a classe produtora para que os governos deixem de introduzir políticas públicas e legislações restritivas e se comprometer com metas internacionais tendo como base documentos rudimentares como o próprio Molion considera. “O modelo de gestão da questão ambiental pode estar impedindo regiões do país de se desenvolverem. É inteligente que tenhamos outros estudos, principalmente vindo de um pesquisador respeitado como Molion, que também atua junto a universidades dos Estados Unidos e outras da Europa para estudar o tema”, finalizou José Inácio.