Lançamento em João Pessoa
O jornalista Petrônio Souza Gonçalves lança o seu terceiro livro, o segundo de poemas, com imagens poéticas inusitadas, como já revela o título: “Um Facho de Sol como Cachecol”. Composto por 231 poemas, os textos não têm título, o que é uma inovação na forma de compor os versos pelo autor, vindo cada um poema com a primeira frase em destaque, sendo o título de cada texto. Nas palavras de Luis Fernando Verissimo, o autor é uma revelação na poesia: “Entre o lírico, o irônico, o insólito e o confessional viaja a poesia do Petrônio. Realmente uma revelação“.
Depois do livro de estréia, Memórias da Casa Velha, de contos, de 2004, e Adormecendo os Girassóis, de poemas, de 2007, Petrônio viaja, nesse novo trabalho, pela temática de um homem preso ao seu tempo e pelas paisagens mineiras que o cercam, que ele carinhosamente chama de ‘as coisas do porão’.
O poema que abre o livro é dedicado ao grande amigo de Petrônio, o jornalista Sebastião Nery, em que o autor aborda a temática do tempo, em que se lê: “O tempo é mesmo um deus cruel…/ Crava em nossa memória/ A espada enferrujada das horas./ No rosto,/ O traço roto dos anos sem pincel./ Sem demora,/ Minuto a minuto,/ Nos devora./ Nos mastiga com a força do pensamento/ E nos cospe na sarjeta da eternidade”. Na seção de máximas, encontramos uma sobre o amor: “O amor é como um poema,/ Tem vida longa,/ Em frases pequenas”. Outros também compõem o livro, como: “Para arrumar a casa,/ É preciso afastar os móveis” ou “Eu sei,/ Depois esqueço./ Melhor a vida assim,/ Recomeço”. Todos os poemas foram escritos nos últimos cinco anos. O livro teve o apoio cultural da CENIBRA – Celulose Nipo Brasileira SA.
Um Facho de Sol como Cachecol tem o prefácio assinado pelo cronista e dramaturgo Alcione Araújo, grande amigo de Petrônio, falecido prematuramente. O livro traz ainda a capa assinada pelo cartunista Paulo Caruso, além de depoimentos de Fernando Morais.
Escritor e jornalista, Petrônio mantém uma coluna semanal sobre política e cultura em mais de 40 jornais Brasil afora. Em 2005 ganhou o Prêmio Nacional de Literatura “Vivaldi Moreira”, da Academia Mineira de Letras, como segundo colocado. Atualmente é editor da revista literária Imprensa na Praça e da revista Memória CULT, dedicada à história e à cultura mineira, ambas são distribuídas gratuitamente, além de ser o redator do programa televisivo dedicado à cultura brasileira Arrumação, apresentado por Saulo Laranjeira.
O lançamento em João Pessoa, acontece no dia 12 de agosto, às 16h30, no Centro de Estudos Jurídicos e Sociais – CEJUS – Av. Rio Grande do Sul, 1411, Bairro dos Estados.