MuriçocAriano
Com o slogan “MuriçocAriano”, o bloco carnavalesco mais antigo da Paraíba, o Muriçocas do Miramar, presta este ano uma homenagem ao dramaturgo e escritor paraibano Ariano Suassuna, no 29º desfile da história da agremiação, nesta quarta-feira (11), no corredor da folia na Avenida Epitácio Pessoa. A concentração começa a partir das 19h na Praça das Muriçocas, no Miramar, com o show no palco principal do grupo Nação Maracahyba. A ala dos estandartes que marca saída do bloco será pontualmente às 21h. Em seguida o ritual é marcado pelo canto mágico e emocionante quando a multidão ‘canta a capela’ junto com o Mestre Fuba o clássico Hino das Muriçocas. A partir daí começa oficialmente a descida dos mais de 300 mil foliões com destino à Praia de Tambaú, com parada obrigatória em frente ao camarote da folia.
Assim como o Mestre Ariano propagava, a agremiação este ano pretende valorizar e dar ainda mais espaço na avenida aos grupos de cultura popular como tribos indígenas, orquestras de frevo, ala ursas, grupos de maracatu, escolas de samba, além de artistas que buscam fortalecer ao longo de suas trajetórias a cultura nordestina como Alceu Valença, Mestre Fuba, Lucy Alves e Os Gonzagas, todos animando os trios elétricos com repertórios com o mais puro frevo e ritmos de maracatu.
Alceu e seus ritmos – Valença consegue utilizar a guitarra com baixo elétrico e, ainda, o sintetizador eletrônico nas suas canções. Alceu é infinito e sempre surpreende quando menos se espera. “Por isso, apesar de já ter participado anteriormente do desfile das Muriçocas, Alceu é Alceu e sempre supera qualquer expectativa . Alceu deve naturalmente entoar durante o percurso da festa e folia todos os seus maiores clássicos como Diabo louro, Tropicana, Bom demais. E nós não temos dúvidas de que vai ser bom demais”, reverencia o criador do bloco, mestre Fuba.
José Neto, diretor de marketing do bloco, explica a conexão entre Ariano e Alceu, que motivou os organizadores pela escolha do artista: “Alceu encarna a essencialidade rítmica pela qual Ariano tanto prezava, em maracatus e toda a musicalidade característica do Nordeste”, ressalta.