Moda inclusiva
Para realizar o sonho dos pais em deixar um legado e um futuro com independência para a filha Helena Nistal, que tem Síndrome de Down, e diante da dificuldade em encontrar roupas adequadas a esse biotipo, juntos criaram o Belezas de Helena, uma linha de roupas práticas que garantem independência às crianças para que possam se vestir sozinhas, além do conforto e beleza.
Com todas as peças escolhidas a dedo pela própria Helena, sua moda inclusiva possibilita o comprimento e a modelagem para os mais diversos biotipos. Essa primeira coleção conta com camisetas, shorts-saia e leggings, fabricados com medidas diferenciadas no tamanho, busto, barra, ombro e altura, permitindo maior caimento e conforto para crianças com medidas fora do padrão.
A intenção é, nos próximos meses, ampliar a linha com modelos exclusivos para o público jovem e adulto, incluindo opções “tal mãe tal filha” e camisetas com frases que reflitam a necessidade de inclusão das pessoas com deficiência e a ampla integração com a sociedade. “Vamos investir na marca para que, num futuro próximo, outros fabricantes de roupas inclusivas queiram fornecer suas peças para serem comercializadas junto com ‘Belezas de Helena’, pois acreditamos que quanto mais os fornecedores atuais se unirem, poderemos prover mais opções a um custo cada vez menor”, afirma Alessandra Nistal, mãe de Helena.
As Belezas de Helena estão disponíveis nos tamanhos 2 a 10 (conforme tabela), a preços competitivos, no site www.belezasdehelena.com.br, podendo ser despachadas para todo o País. O objetivo é, no futuro, expandir a marca por meio de loja própria, parceiros e representantes, bem como agregá-la a ações sustentáveis e ao trabalho de ONGs que valorizam o propósito de inclusão social e das adversidades. Mais informações: belezasdehelena@gmail.com / @belezasdehelena
Sobre Helena Nistal
Numa manhã ensolarada de 29 de novembro de 2010, nascia Helena Nistal, trazendo com ela muito amor e superação. Seu pai, Eduardo, foi chamado para conversar sobre, até então, a possibilidade de sua tão esperada princesa ter Síndrome de Down, diagnóstico desconhecido naquele momento por quase todos os familiares.
O mundo desabou em alguns minutos e as lágrimas em pouco tempo deram lugar a uma coleção de livros, talvez todos existentes nas redondezas, e muito apoio da família e amigos que, juntos, buscaram as informações confirmando que o sol brilha para todos.
A mãe, Alessandra, soube da notícia somente no segundo dia de vida de sua bebê, sendo este o marco dessa história, pois é justamente nesse lapso de tempo que há ou não a aceitação em receber uma criança diferente da sonhada. Abençoada com uma conversa positiva na qual sempre destacava a importância do nascimento de sua filha Helena, o provável diagnóstico da trissomia 21 ficou como coadjuvante naquele filme, dando lugar somente à Helena, a estrela principal, a recém-nascida que, como todo bebê, precisava apenas de muito amor.
A luta pelo respeito começou no próprio hospital, onde o pai recebeu a notícia da forma mais pessimista possível e, a mãe, enquanto clamava pela visita de pediatra, foi atendida no terceiro dia de internação com um olhar de pêsames…
Após um mês do nascimento, veio a confirmação do diagnóstico e com ela uma intensa agenda de visitas a clínicas e a profissionais visando à estimulação precoce, mantra de muitas famílias que optam em acreditar no potencial de seus filhos. E, diante da importância desse estímulo na primeira infância, a mãe, advogada, com total apoio do marido e pai de Helena, optou por pausar sua carreira e acompanhar diariamente a filha em suas atividades.
A rotina de Helena era como a de outros bebês, adicionada a horas de exercícios, estímulos e às terapias existentes. E seus pais, entre erros e acertos, sempre apostando em seu êxito.
Aos dois anos, mesmo sem saber andar, Helena já demonstrava aptidão por músicas e peças de teatros, e não hesitava em fazer uma pose ao ser clicada. E assim, com o incentivo dos pais em tudo aquilo que seus olhinhos tão característicos costumam brilhar mais, Helena começou a ser convidada para exercer seu lado artístico e, desde então, segue participando frequentemente de inúmeros eventos, como apresentações musicais, danças, teatros, desfies e campanhas publicitárias em geral.