Mercado de luxo
O estudo Worldwide Luxury Market Monitor, elaborado pela Bain & Company em parceria com a Fondazione Altagamma (fundação italiana da indústria de bens de luxo), revelou que o mercado global de consumo de luxo registrou um crescimento de 4% nos últimos seis meses e deve ultrapassar a marca de mais de R$ 3 trilhões em 2016. Entre os fatores que colaboraram para esse cenário, estão a venda de carros de luxo, que apresentou um aumento de 8%, e as mudanças no comportamento dos consumidores, que agora preferem investir em experiências novas e mais pessoais, como viagens, gastronomia, vinhos e até mesmo obras de arte. Hoje a indústria de bens de luxo lucra R$ 861 bilhões, influenciada pelo declínio do mercado americano e pela retomada do crescimento da China, após três anos de estagnação.
“O segmento de luxo alcançou seu ponto de maturação, por isso, as marcas devem adotar estratégias diferenciadas, se quiserem ser bem-sucedidas”, afirma o sócio da Bain & Company no Brasil, Gabriele Zuccarelli. “Tanto que já percebemos um movimento claro de polarização entre vencedores e perdedores nesse mercado, no que diz respeito ao desempenho de todas as categorias de produtos e setores.”
A Bain & Company também identificou que o ambiente digital continua como uma ferramenta democrática no mercado global de luxo, tanto que o e-commerce lidera os canais de compras de luxo ejá representa o terceiro maior mercado global do segmento (7%), atrás apenas dos EUA e do Japão, além de se consolidar como um elemento-chave na revolução digital do luxo.
Os resultados também mostraram que os descontos em bens de luxo representam mais de 35% desse mercado, se comparados ao preço total dos produtos. Embora as lojas off-price compreendam mais de 30% do segmento, a tendência é que esses números continuem subindo, devido à pressão dos consumidores sobre os valores dos produtos. Além disso, as joias e os demais acessórios registraram um ótimo desempenho, ultrapassado apenas por produtos de beleza, apesar de variar de acordo com a marca.