“Esse ano será todo meu, aceitem”, diz Jojo Todynho do hit “Que tiro foi esse”
Sucesso na internet, Jojo Todynho chegou ao 1º lugar no Top viral Brasil do Spotify com seu hit, ‘Que tiro foi esse’. “Descobri o poder das redes sociais quando fiz um vídeo sobre amor próprio, após uma foto minha circulava em um grupo de cirurgia plástica, questionando se meus seios têm silicone. Fiquei triste, resolvi desabafar, falar do respeito às diferenças e deixar claro que ninguém pode tirar onda com a cara do outro. E não: eu não tenho silicone”, diz ela, que já sofreu preconceito por ser cheia de curvas e pelos seios fartos — daí seu apelido, após a própria brincar dizendo que, dos seios de mulheres negras, não sai leite. Mas o achocolatado Todynho.
O tal vídeo deu tão certo que, na manhã seguinte, Jojo tinha cerca de 100 mil seguidores. “Antes do vídeo, eu não tinha nem 10 seguidores”, exagera. Com seu estilo próprio, sem papas na língua, “sem filtro”, como ela diz, Jojo reflete: “Hoje, com essa loucura toda da internet, uma única postagem pode mudar a vida de uma pessoa. Tanto para o bem, quanto para o mal”.
Atualmente, com cerca de 10 shows por mês, a ex-moradora de Bangu, zona oeste do Rio, já comprou uma casa na Barra da Tijuca, região nobre da cidade. E está reformando a residência da avó. “Foram tirar com a minha cara? Usei isso a meu favor. 2018 será o meu ano. Aceitem, queridas”, diz ela, que bateu um papo com a ÉPOCA.
O que a motivou a fazer vídeos sobre amor próprio?
A desunião feminina me desagrada muito, o homem é unido até na hora sacanagem. Mas, nós, mulheres, queremos disputar território uma com a outra. Não podemos esquecer que somos muito mais do que peito e bunda. Somos caráter, donas da casa, mães, profissionais…somos donas da p*** toda.
Sempre teve essa auto-estima?
Sempre! Nunca tiraram onda comigo. Cresci ouvindo: ‘você pode’, ‘você consegue’, ‘você é bonita’. No país que a gente vive, onde o preconceito impera, a gente não pode se auto boicotar…meus pais sempre me ensinaram a ir lá e arrasar. E é assim que eu faço.
Quais suas medidas?
Não me peso, isso não é importante. Até já tive curiosidade de saber meu peso e quanto meus seios medem, mas isso iria contra tudo o que eu prego. Magra ou gorda, vou continuar me amando: corpo não define caráter. E eu não vivo de aparência, meu sorriso não é da boca pra fora.
Acha que você assusta os homens?
Minha personalidade assusta as pessoas, de modo geral. Sei disso. Mas não me vendo, não me corrompo. Sou isso daqui que você está vendo. Sou atacada, mas não me maquio, mostro a realidade da vida. Mas estou aprendendo a ter um pouco de censura: as pessoas dizem que querem ouvir a verdade, mas não estão preparadas.