Ele poderá ser indicado!
O paulistano Daniel Bydlowski ganha cada vez mais espaço no circuito do cinema internacional. No mês de julho, a programação para exibição do seu filme Bullies é intensa. No dia 19, ele estará na Comic-Con San Diego, considerada a maior e mais popular convenção multimídia do mundo, para participar de um painel ao lado de outros diretores. No encontro, que exibirá seu filme Bullies, ele vai falar sobre o gênero fantasia e de sua própria produção.
Já na capital do cinema, em Hollywood, Bydlowski estará presente no dia 29 de julho no LA Shorts International Film Festival, um dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, que é creditado pelo Oscar, BAFTA e a Academia de Cinema do Canadá. No evento, o cineasta também participará do bate-papo sobre gênero de filmes infantis. Vale lembrar que o vencedor do festival pode concorrer ao Oscar de 2019 e sendo assim há grandes chances do brasileiro – entre os poucos selecionados do festival – conquistar o espaço no tapete vermelho.
No filme produzido por Daniel Bydlowski, Eugene, um garoto normal, sofre bullying todos os dias de um grupo de valentões. Em uma das fugas para evitar o sofrimento da violência, ele encontra um esconderijo extremamente seguro. Porém, para continuar nesse lugar, ele precisa desistir de outras coisas, como a sua família e as histórias em quadrinhos de que tanto gosta.
Daniel não pretende, com a produção, eliminar o bullying ou mostrar qual o melhor caminho a seguir. Bullies foi criado para ajudar as crianças, que muitas vezes escondem o trauma, ao ver que não estão sozinhas, e assim possam lidar com o problema sem medo de serem felizes. Bullies também não tem como público final somente pais e professores, mas também abrange jovens e crianças vítimas de bullying. A produção alerta sobre a prática que atualmente é uma das formas de violência que mais cresce no mundo.
Idealizador do primeiro filme de longa metragem que mescla realidade virtual e a tecnologia 3D, Daniel Bydlowski tem ganhado muitas críticas positivas por mostrar extraordinária habilidade técnica de cruzar fronteiras entre diferentes públicos.
“É preciso que os diversos temas da história a ser contada interajam de forma harmoniosa. Assim, cada público presta atenção em partes diferentes do enredo. Adultos, jovens e crianças podem participar da aventura de Bullies. No filme também quero mostrar para os que são vítimas desta violência que elas não estão sozinhas, não precisam largar tudo o que gostam, ou mesmo seguir um caminho sem futuro. Acredito que há maneiras de ajudar crianças com uma abordagem diferente do que tem sido utilizada por educadores”.