A Receita Federal tem intensificado a fiscalização sobre movimentações financeiras, especialmente aquelas realizadas por meio de Pix e cartões de crédito. Com regras mais rigorosas em vigor, pessoas físicas que movimentam R$ 5 mil ou mais por mês, e empresas que ultrapassam R$ 15 mil mensais, estão sob o radar do Fisco. Mas como, exatamente, essas fiscalizações acontecem? E o que é preciso fazer para estar preparado?

Wagner Arnaud, contador especialista em gestão contábil e tributária, esclarece que o principal mecanismo de controle da Receita está nas informações enviadas diretamente pelas instituições financeiras e operadoras de crédito. “Cada transação acima dos limites estabelecidos é registrada e cruzada com os dados de renda declarada. Isso permite ao Fisco identificar inconsistências e autuar contribuintes que não estejam em conformidade”, explica Wagner.

Para evitar problemas com a Receita Federal, o especialista orienta que tanto pessoas físicas quanto empresas adotem medidas proativas. “Organização e transparência são fundamentais. É crucial manter registros financeiros detalhados, separar contas pessoais e empresariais e garantir que as declarações sejam feitas corretamente, de acordo com a legislação vigente”, destaca.

Além disso, Wagner recomenda que empresários e profissionais busquem orientação contábil para se antecipar às exigências. “Um planejamento bem estruturado não apenas previne autuações, mas também ajuda a otimizar os recursos financeiros de forma segura e eficiente”, afirma.

O tema é de grande relevância para a imprensa, sobretudo em um momento em que a Receita Federal reforça seu papel de monitoramento digital e as multas por irregularidades podem causar prejuízos significativos.