Cleo: “Às vezes vou estar super à vontade com meu corpo, às vezes não. Faz parte do processo”
A cantora Cleo, de 37 anos, estrela a capa da Revista Glamour de fevereiro. Em matéria, ela contou sobre o fato de seu corpo ter virado pauta em programas de TV e alvo de ataques nas redes sociais, depois de ganhar 20 quilos no último ano; body positive e sobre várias outras questões relacionadas a auto estima da mulher.
Quando questionada sobre o que fez para lidar com as críticas, a atriz declarou “Terapia, amigos ao meu lado, algum tipo de crença, não necessariamente religião, porque não gosto dos dogmas, mas da espiritualidade. O olhar dos outros não tem tanta importância. Infelizmente, muitas vezes é dolorido, mas sou dona da minha narrativa. De onde vim, para onde vou, sou eu que sei.” E completou: “Se você é mulher, tem que ser magra; se é atriz, não pode fazer plástica, ou tem que fazer e não pode parecer, ou não pode falar sobre. Você não pode ter controle sobre a sua narrativa. No fundo, a questão é essa.”
Em um momento onde o body positive é uma das principais discussões feministas, Cleo expôs a sua relação com o movimento. “Advogo em prol, não sou uma porta-voz. Minha história é mais o body neutrality. Às vezes vou estar super à vontade com meu corpo, às vezes não. Faz parte do processo. Mas não vou deixar de viver nada por isso. Houve fases da vida em que tive um peso normal, fases da vida em que quis emagrecer e tomei remédio. E, agora, foi acontecendo. Que eu saiba, sem nenhuma questão relacionada à saúde.”
Falando sobre o seu novo clipe Queima que tem a temática bruxaria, em parceria com a cantora Pocah, ela contou sobre a sua relação com a temática. “Sempre gostei muito do universo das bruxas, da ideia do feitiço, das plantas, ervas, ligadas às intenções, aos pensamentos, sentimentos e energia. Acho que é sobre isso a vida. E, sim [como dizem algumas feministas], acho que somos as netas das bruxas que não foram queimadas.”