A Estação Cabo Branco dedica os sábados de janeiro à exibição de musicais consagrados que divertiram público e agradaram à crítica. O primeiro deles é “O Picolino” (1935), com Ginger Rogers e Fred Astaire, a dupla de dançarinos mais lembrada do cinema. Já os domingos estão reservados ao lendário diretor italiano Frederico Fellini, com clássicos cult eternizados em cenas antológicas. Abrindo a mostra, “A Doce Vida” (1960). As sessões são gratuitas, às 16h, na Estação das Artes e contam com a parceria da Locadora Kauai, em Tambaú, e da Ancine.

“O Picolino” – (Top Hat, EUA, 1h39 min.) Nesta comédia leve e cheia de números ensaiados, Fred Astaire encarna Jerry Travers, um dançarino de sapateado contratado pelo empresário Horace Hardwick (Edward Everett Horton) para fazer um show. Entretanto, ele acaba incomodando a bela Dale Tremont (Ginger Rogers), a vizinha do quarto embaixo, que aparece para reclamar. Logo Jerry fica apaixonado e, gradativamente, ela também começa a flertar de volta. É quando ela pensa que ele é Horace, o marido de sua melhor amiga, pois Jerry estava no quarto de Horace. Jerry precisa fazer o possível para desfazer a confusão e reconquistá-la.

“A Doce Vida” – (La Dolce Vitta, Itália, 2h13 min.) Crítico ferrenho do modo de vida burguês, Fellini deixa claro nesta obra-prima a sua impressão sobre os desvarios da sociedade. Na Roma do início dos anos 1960, o jornalista Marcello (Marcello Mastroianni, em desempenho memorável) vive entre celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto (foi a partir de um personagem deste filme, “Paparazzo”, que surgiu a denominação futura para os fotógrafos intrusivos). Ele passa a cobrir a visita da atriz hollywoodiana Sylvia Rank, por quem fica fascinado.