Arquitetura de saúde
Espaços de saúde repaginados e para além da estética hospitalar estão ganhando cada vez mais destaque no mercado. Fernanda Ventura, arquiteta e especialista em arquitetura para a saúde, explica que o movimento de desospitalização é uma tendência crescente. “Tudo pode acontecer fora do ambiente hospitalar, exceto procedimentos de alta complexidade. Assim, o risco de infecção é muito menor e o paciente não precisa estar naquele ambiente tão fechado”, explicou.
Neste movimento, os ambulatórios e hospitais-dia — unidades para procedimentos menos invasivos e permanência de no máximo 12 horas — saem dos hospitais e ganham novos espaços. Fernanda define que o conceito envolve ambientes seguros, com distrações positivas, que reforçam as diversas possibilidades de curas físicas ou mentais e estimulam o encorajamento diante dos diagnósticos. “O intuito é que a arquitetura possa ajudar no tratamento e promoção da cura dessas pessoas, além de garantir a segurança dos pacientes e colaboradores”, ressaltou.
Um exemplo de como esse movimento tem ganhado força é o OMNI Life & Health — em construção no bairro de Manaíra, em João Pessoa —, que reúne área médica, residencial e comercial em um só empreendimento. O futuro maior medical center do Norte/Nordeste contará com um centro de saúde e complexo médico-hospitalar, com instalações adequadas e desenvolvidas especialmente para consultórios médicos, laboratórios, centros de diagnósticos e demais segmentos da área de saúde. “É um ecossistema de saúde que permite você ir em diversos especialistas ao mesmo tempo e com um nível máximo de cordialidade desde a porta de entrada, essa é a visão do OMNI Life & Health”, antecipou Fernanda.
Bem estar e biossegurança – Pensado para oferecer atendimento e serviços de excelência em saúde, o empreendimento foi projetado conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), principalmente a RDC-50 — regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Elementos como corredores amplos com 2,20m de largura, portas com 1,10m de abertura, área de descarte de lixo hospitalar em todos os andares, elevadores com capacidade para macas e cadeiras de rodas, banheiros acessíveis, entre outras especificidades, foram incorporados para uma experiência democrática e segura aos visitantes. “Sem dúvidas, é um empreendimento idealizado para impactar o conceito de arquitetura de saúde na região e proporcionar uma nova vivência ao paciente”, afirmou a arquiteta.