Embaixadora
Wanessa será nomeada embaixadora da Boa Vontade pela UNAIDS, agência da ONU com foco no combate ao vírus da Aids, nesta terça-feira (01), data mundial da luta contra o HIV, no Museu Nacional de Brasília. “Estou muito feliz e, ao mesmo tempo, com a responsabilidade de fazer alguma diferença. Já perdi fãs por causa das complicações da doença. Um deles não era homossexual, se contaminou por seringa, não se tratou e morreu rápido. Não sei o motivo, mas muitas pessoas me contam sobre a infecção em segredo“, diz ela.
A ONU escolheu a cantora pela influência com o público jovem nos últimos 15 anos de carreira – principalmente a população LGBT, que segundo pesquisa GAP Report, da UNAIDS, o grupo em que a epidemia voltou a crescer -, além do poder da artista nas redes sociais. “Ela tem um papel importante pela influência nas redes sociais e também alcança amplamente o público de homens gays e trans“, diz Daniel de Castro, assessor da Unaids. A primeira vez que a cantora trabalhou arduamente na luta contra a Aids foi em 2003, quando participou da campanha que incentivava os brasileiros a fazerem o teste do HIV. Entre outros, o foco das ações da agência rasileira e mundial é diminuir a discriminação entre portadores do vírus e lutar para que o número de infectados seja zerado até 2030.
Wanessa também se diz revoltada com a notícia de que o ator Charlie Sheen teve um contrato cancelado após revelar a doença. “Ele não pode vender uma coisa só porque tem Aids? Ele deixou de ser inteligente, talentoso? Isso é inadmissível, horroroso. As pessoas se abrem justamente para quebrar a barreira do preconceito, para dividir sua dor e ganhar apoio. Aids não tem cura, mas a falta de informação, sim“.