O Oscar,embora desgatado pelo tempo, de melhor roteiro original dado ao diretor Orson Welles em 1942 por "Cidadão Kane" voltou a ser leiloado terça (17)  pela casa Nate D. Sanders, com sede em Los Angeles, Califórnia. O Oscar foi arrematado por 861.542 dólares (cerca de 1,6 milhão de reais),  um pouco abaixo do máximo esperado que era de R$ 1,8 milhão, mas dentro da margem da casa de leilões. O filme concorreu em nove categorias do Oscar, incluindo melhor filme, melhor ator e melhor diretor (ambos para Welles), mas só venceu o de melhor roteiro original. Mais tarde, em 1971, Welles seria agraciado com um prêmio honorífico da Academia de Hollywood. O longa conta a vida do magnata da imprensa Charles Foster Kane, baseado na figura real de William Randolph Hearst, interpretado pelo próprio Welles.Durante anos a estatueta esteve perdida, pelo que a Academia de Hollywood concedeu uma substituta à filha do cineasta, Beatrice Welles. A original tinha estado em poder do cineasta Gary Graver, diretor de fotografia de Welles, que tentou vendê-la em 1994. Ao saber disso, Beatrice apresentou um processo na Califórnia para impedir a comercialização e recuperar o Oscar para o patrimônio da família, embora posteriormente tenha vendido a estatueta em 2003 à Fundação DAX, uma entidade sem fins lucrativos de Los Angeles. Em 2007, a Fundação DAX pôs o Oscar à venda em Nova York na casa de leilões Sotheby's para fins beneficentes, mas não conseguiu vendê-lo porque o valor estipulado com a organização não foi alcançado. O arrematador do Oscar permanece anônimo. As casas de leilão comemoram o retorno dos colecionadores para os objetos ligados a astros e estrelas de Hollywood. Em junho, o vestido usado por Marilyn Monroe na famosa cena de "O Pecado Mora ao Lado" foi arrematado por US$ 4,6 milhões (R$ 8,4 milhões), e meses antes a jaqueta de couro vermelha e preta que Michael Jackson vestiu no clipe "Thriller" saiu por US$ 1,8 milhão (R$ 3,3 milhões).