Saúde mental dos tutores
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, revelou que mulheres de meia-idade e idosas que possuem um forte vínculo com seus animais de estimação, apresentam menores níveis de ansiedade e depressão. O estudo, publicado na revista científica JAMA Network Open, destaca que esse impacto é ainda mais significativo entre aquelas que sofreram abusos na infância, evidenciando a importância dos pets como um apoio emocional vital.
O veterinário Natanael Filho, sócio do Hospital Vida, que abre, em breve, as portas em João Pessoa, enfatiza o papel dos pets na promoção do bem-estar emocional, especialmente em momentos de crise. “Os animais de estimação proporcionam um amor incondicional que é essencial para a saúde mental de seus tutores. Eles são capazes de perceber quando algo não está bem e oferecer conforto e apoio emocional de maneira única”, destaca.
Além dos dados de Harvard, uma pesquisa recente da Associação Americana de Psiquiatria revelou que 86% dos tutores sentem que seus animais de estimação têm um impacto positivo em sua saúde mental, e cerca de 90% consideram seus pets como membros da família. “Ter um pet em casa ajuda a combater a solidão e o isolamento, criando um vínculo que fortalece a saúde mental”, explica Natanael.
Os benefícios dos pets na saúde mental também se refletem em terapias assistidas por animais. Por exemplo, cães treinados são capazes de auxiliar em crises de pânico, oferecer suporte para pessoas com autismo e até mesmo identificar alucinações em tutores com esquizofrenia. “A presença de um animal de estimação é terapêutica, e não é à toa que as terapias assistidas por animais estão cada vez mais populares no tratamento de depressão e ansiedade”, complementa o veterinário.
Neste Setembro Amarelo, que busca conscientizar sobre a prevenção ao suicídio, é fundamental reconhecer o papel dos pets como apoio emocional e sua contribuição para uma vida mentalmente saudável. “Os pets são mais do que amigos; são parte essencial do equilíbrio emocional de seus tutores”, conclui Natanael Filho.