Centro em cena
A Casa da Pólvora recebe, neste sábado (16), a partir das 15h, o Festival Centro em Cena. Na programação, performances artísticas envolvendo literatura, com Rute Prazim; dança, com Dendê Ma’at e Jean de Lucena, além do teatro, com a Companhia Mangai, de Alagoa Grande, e seu espetáculo ‘Margarida Viva’.
Teatro – O espetáculo ‘Margarida Viva’, criado em 2017, será apresentado pelo grupo de teatro Companhia Mangai e conta uma parte da história da líder sindical Margarida Maria Alves através de recortes, como a Margarida mãe, esposa, presidente do sindicato.
“É um espetáculo que emociona porque fala de uma mulher pobre, negra, a primeira a lutar pelos direitos do trabalhador. Em plena ditadura militar já exercia esse protagonismo. Nós trazemos para a cena o cotidiano de uma mulher guerreira”, conta Geóstenys Melo, diretor da Companhia Mangai.
Dança – A dança terá duas performances. A primeira é ‘Do fogo ke há em mim’, da performer e dramaturgista Dendê Ma’at. Ela discorre que o fogo é um dos elementos fundamentais para a vida. É o calor que aquece, a luz que ilumina, a cura que queima, transmuta, transforma e, para sobreviver, precisa de ar, de uma coexistência harmoniosa.
“No katimbó e na makumba o fogo é primordial. É ele que, com as velas, torna-se ponto de luz e comunicação. Com a dança ‘Do fogo ke há em mim’, trago esse importante elemento enquanto caminho possível e necessário para sobreviver”, afirmou.
A segunda performance é ‘Da liberdade ao cativeiro’, de Adailson Araújo e Jean de Lucena, um experimento entre dança e música que externa os conflitos da pandemia e suas sequelas, abordando também os últimos momentos de ‘liberdade’ antes do início oficial da pandemia.
A performance contempla técnicas de danças urbanas, capoeira e dança contemporânea tendo o breaking como base. O objetivo, conforme os autores, é sensibilizar as pessoas para a importância da vacinação contra a Covid-19 e seus cuidados.
Literatura – A interpretação do espetáculo ‘A ver só’, do Coletivo Porta Adentro, foi inspirada no texto de Valeska Asfora sobre Anayde Beiriz. “São poesias, são as correspondências de Anayde com Eriberto, um ex-namorado; tem um pouco da história dela com João Dantas, mas não nos aprofundamos muito sobre isso. Basicamente vamos usar as poesias e as correspondências”, explica Rute Prazim, que atua no espetáculo junto com Bruno Constantino, Olívia Almeida, Thiago Reimberg e Wedna Tânia.
O grupo usa a música Anayde Beiriz, do artista Elon, além das instrumentais Valsa Triste e Dó de Nós, ambas de Olívia Almeida.