Mayana Neiva lembra preconceito por ser nordestina: “Tinha que fazer a exótica”
Xenofobia parece uma palavra muito feia e algo que muita gente nem sabe o que significa, mas o que está por trás dela é ainda muito pior. Este é um preconceito por pessoas que vêm de outros países ou de outros estados do Brasil, um ódio simplesmente porque alguém não é daquele lugar onde você está e ponto.
Mayana Neiva sabe bem o que significa isso. Nascida na Paraíba, já ouviu diversas vezes brincadeirinhas que saem com um tom de “calma, estou brincando”, mas que machucam quem ouve. No ramo artístico este tipo de preconceito já foi latente e estereotipava qualquer pessoa que chegasse ao Sudeste com o intuito de ser ator ou atriz.
“Era um desafio muito grande, primeiro porque eu sou paraibana e as pessoas normatizam o Paraíba, ‘é uma baianada’. O Nordeste quando é folclórico é bem aceito, quando é engraçado ele é legal, mas dificilmente você encontra um lugar potente. Acho que, até [o cineasta] Kleber Mendonça Filho, eu não via meu sotaque sendo falado no cinema de uma maneira que não fosse folclórica. Esse contato com o Nordeste real é recente, tanto que é nosso cinema mais potente. Mas durante muito tempo, principalmente na dramaturgia, você tinha que fazer a exótica, a engraçada”, diz.
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