Festival Literário de Bananeiras termina com a participação de Laerte Cerqueira, Miriam Leitão e Sérgio Abranches
“Bananeiras conseguiu construir um festival que já ganhou contornos grandes”. Essa é a avaliação do prefeito do município Douglas Lucena ao final da primeira edição do Festival Literário de Bananeiras. O evento que reuniu grandes nomes da literatura paraibana e nacional contou com ricos debates, participação de estudantes e lançamentos de livros de autores bananeirenses e convidados.
A programação do último dia de festival começou com a mesa redonda “Análise e Perspectiva do Brasil Contemporâneo”, no auditório da UFPB, campus III, e contou com a participação de Miriam Leitão e do sociólogo Sérgio Abranches. Para a jornalista, festivais literários são importantes, pois além de movimentar a economia da região, traz benefícios intangíveis. Ela afirma que as pessoas do local se envolvem no evento indo a debates, refletindo sobre o país, o estado e o município, se interessam mais pela leitura e se mobilizam mais.
“Festivais Literários promovem um aumento do índice de leitura grande entre os jovens, isso tem um valor para a além da economia, um valor intangível, de fortalecer as pessoas. Eu estou feliz em participar”, pontuou.
Para Sérgio Abranches, festivais literários têm duas vantagens fundamentais. A primeira é que valoriza os autores brasileiros e a segunda é que esses eventos estão aumentando o interesse a curiosidade das crianças pela leitura e demonstrando para as sociedades locais a importância de ler e escrever. “Isso é fundamental para um país que queria dar um passo civilizatório no século XXI”, observou.
Mediando o debate, o jornalista Laerte Cerqueira pontuou que é preciso discutir literatura e arte. Para ele, quando o poder público assume a responsabilidade de fazer um festival como esse, também assume a importância dessas ações. “A gente precisa estimular a reflexão, a escuta, a cotação de histórias. Principalmente nesse momento em que a gente vive, em que a arte muitas vezes é alvo de crítica. Acho que o festival de Bananeiras faz história e tem agora o desafio de continuar bem, de continuar forte e, mais do que isso, envolvendo as cidades da região, para se fortalecer ainda mais”, ressaltou.