O Coração de Lisboa
Na Praça de Dom Pedro IV (que é o nosso D. Pedro I) e conhecida como Largo do Rossio, e que Fernando Pessoa chamava de “o coração de Lisboa”, está o Café Nicola, do século XVIII e um dos preferidos do poeta. Aqui ainda hoje se pode encontrar o seu café preferido e comprar um dos 25 diferentes tipos da bebida.
Saindo da Praça do Rossio pela Rua Augusta se chega à Praça do Comércio, também conhecido como Terreiro do Paço. No centro da praça está a estátua equestre do rei Dom José I, “fundida em Portugal, em uma só peça, em 1774”, como descreve Pessoa.
Aqui no número 3, está o Café e Restaurante Martinho da Arcada, de 1778, que ainda preserva a mesa onde Fernando Pessoa costumava sentar e trabalhar todos os finais de semana em seus últimos dias de vida. E foi aqui onde escreveu “Mensagem” e o “Livro do Desassossego”. O café ainda possui uma mesa com seus objetos pessoais, e que é muito visitado pelos apaixonados pela vida e obra do maior poeta português.
Depois seguimos para a Praça da Figueira, outro lugar onde Pessoa percorria diariamente para visitar os amigos e clientes.
Subindo o Chiado chegamos à Praça Luís de Camões e onde está localizado o Café A Brasileira, que tinha Pessoa, como um dos frequentadores assíduos.
Mas nada é mais simbólico do que se sentar ao lado da estátua do poeta e fazer uma “selfie”, como milhares de pessoas todos os dias.
Fernando Pessoa era um profissional autônomo, que trabalhava como correspondente comercial e tradutor para várias empresas. Na Baixa Chiado no centro de Lisboa ele era bastante conhecido pois frequentava os saraus e vários amigos em longas conversas pelos bares e restaurantes do bairro.
Daí Fernando Pessoa percorria diariamente a pé as ruas do comércio, como a do Ouro, a Augusta que possui um arco triunfal da Praça do Comércio em seu final e passava diante da Câmara Municipal, considerada pelo escritor um dos edifícios mais belos de Lisboa.