O tradicional hotel Copacabana Palace acaba de fechar as portas de seu prédio principal esta semana para uma reforma histórica, orçada em R$ 30 milhões. O projeto prevê a ampliação do lobby e a renovação de quartos e banheiros localizados no edifício. Uma equipe de cerca de 300 operários trabalhará em três turnos, sete dias por semana, para que o hotel esteja pronto em 90 dias.

Durante as obras, o prédio Anexo, com 96 apartamentos, permanecerá em funcionamento, assim como o SPA, a piscina, os restaurantes Cipriani e Pérgula e os salões Copacabana. O acesso ao hotel, durante a reforma, continuará sendo feito através da Avenida Atlântica, ao lado do Restaurante Pérgula. A reforma tem início logo após o segundo grande leilão da história do mais famoso hotel carioca, que acontece hoje, dia 3 de julho. Um total de 1.040 peças, entre escrivaninhas, mesinhas de cabeceira, tapetes kilim, sofás, poltronas, gravuras, cômodas e até conjuntos completos de mobiliários de quartos, constam na lista.

Entre os dias 30 de junho e 1 e 2 de julho, os móveis e objetos, que serão vendidos sem lances fixos iniciais, ficaram em exposição no hotel. Alguns apartamentos estão abertos à visitação, montados com o acervo que será leiloado. O leilão comandado pela marchand Soraia Cals não tem como objetivo o lucro, mas sim uma despedida carinhosa das peças que atenderam artistas, princesas e tantos hóspedes ilustres. Apesar do valor afetivo e histórico – muitos dos apartamentos já abrigaram celebridades como Princesa Diana, Bono Vox, Orson Welles e Mario Reis, entre outros – as peças não têm alto valor de mercado, embora as mais antigas sejam datadas da época da inauguração do hotel, em 1923.