DICA DE VIAGEM: COLEÇÃO AIRTON QUEIROZ NO ESPAÇO CULTURAL UNIFOR
Quem visitar Fortaleza (CE) apartir de agora e até 18 de dezembro, não deve deixar de ir conferir a Coleção Airton Queiroz, no Espaço Cultural que leva o nome do Chanceler da Universidade de Fortaleza.
São cinco séculos da melhor arte brasileira produzida entre a primeira metade do século XVII a começos do século XXI, formando um fascinante panorama da história da Arte no Brasil.
A entrada é franca, e a exposição reúne telas, instalações e esculturas, compondo uma das maiores coleções da América Latina.
São 253 obras assinadas pelos mais renomados artistas plásticos brasileiros, além de ícones internacionais como Monet, Renoir, Miró e Dali.
Para abrigar esse valiosíssimo acervo, Airton Queiroz projeta um Museu, já que unindo a sua coleção -que ele destinou à Unifor- à obras pertencentes à Fundação Edson Queiroz o elo representa 1600 peças.
Gabrielle et Jean Renoir, de Pierre-Auguste Renoir (Foto: Ares Soares/Unifor)
O valor da coleção é incalculável. A deslumbrante tela Gabrielle et Jean Renoir, de autoria de Auguste Renoir, e pra mim a mais bela, é estimada em 4 milhões de reais.
Já o Vaso de Flores de Guignard é a obra mais cara e pertencente a um brasileiro, negociada a toque de martelo: 5,7 milhões e que pertence a Airton Queiroz.
A exposição tem três curadores: Fábio Magalhães (ex-diretor do MASP), José Roberto Teixeira e Max Perlingeiro.
Chanceler Airton Queiroz e a esposa já falecida (Celina Queiroz)
O Chanceler Airton Queiroz da Universidade de Fortaleza confessa que começou a atuar como colecionador de pinturas e objetos de arte decorativa de um jeito despretensioso há cerca de 50 anos. E que, aos 16, vendeu um carro (embora não precisasse fazê-lo) para adquirir obras que sinalizariam esse amor que carrega há tempos. E que contou muito com o apoio da esposa Celina, já falecida e que hoje tem o apoio dos filhos, Patrícia e Edson e que sua mãe, D. Yolanda Queiroz, recentemente falecida, foi peça chave para que se tornasse colecionador, pois desde criança que ele era levado para visitar os principais museus europeus.
A exposição se divide em cinco núcleos com obras de artistas imortais como Rubens, Matisse, Marc Chagall, Salvador Dali, Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), Anita Malfatti, Portinari, Iberê Camargo, Guignard,Volpi, Sergio Camargo, Mira Schendel e Beatriz Milhazes (dentre tantos outros).
Os cearenses se emocionam ao ver a tela a Moça Bordando, de Raimundo Cela. Mas também estão expostas: Lago Maggiori, de Anita Malfatti, Stela, de Pancetti, Noite de São João, de Guignard, Diego Rivera, e tantos outros.
Os universitários da Unifor são os mediadores e responsáveis por repassar aos visitantes aspectos da exposição, como conteúdo, organização e informações relevantes sobre as obras e seus autores.
Lembrando um pouco o acervo de Brennand, Airton Queiroz também expõe telas de Frans Post e Eckhout.
O melhor do que foi produzido nos últimos 400 anos é o que o visitante pode conferir.
obras de Candido Portinari (Foto: Ares Soares/Unifor)
A Coleção Airton Queiroz em exposição é uma pequena seleção das 700 obras que povoam a casa de estilo colonial do Chanceler Airton Queiroz.
Trabalhos de Volpi (Foto: Ana Abril)
Unindo sua coleção pessoal às obras pertencentes a seu pai, Edson Queiroz, a Coleção da Fundação Edson Queiroz, são 1.600 peças cuja autoria vai de Aleijadinho a Beatriz Milhazes, passando por Volpi, Monet, Dalí e Miró.
Paisagem de Várzea, de Frans Janszoon Post (Foto: Ana Abril)
O Brasil Holandês, está presente com Paisagem de Várzea, de Frans Janszoon Post. Datada de 1657 e realizada por um dos pintores a serviço do Conde Maurício de Nassau, então governador do Brasil Holandês.
Além de telas, diversas esculturas também fazem parte do acerto em exposição.
Escultura de Tunga (Foto: Ana Abril)
Além de Tunga, a Coleção Airton Queiroz apresenta peças de arte contemporânea, de Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e Vik Muniz .
A Catedral, de Antonio Bandeira (Foto: Ana Abril)
A Catedral, de Antonio Bandeira, foi a primeira obra que Airton Queiroz adquiriu quando tinha apenas 16 anos.
Pintura “Mulher de Cabelos Verdes”, de 1915-1916,
feita por Anita Malfatti (Foto: Divulgação)
Obra de Adriana Varejão, “Sereias Bêbadas”,
do ano de 2009 (Foto: Divulgação)
Serviço
Exposição Coleção Airton Queiroz
Visitação: Até 18 de dezembro de 2016
A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a sexta, de 9h às 19h; sábados, de 10h às 18h, e domingos, de 12h às 18h
Local: Espaço Cultural Unifor, campus da Unifor
(Av. Washington Soares, 1321)
Informações: (85) 3477.3319 | www.unifor.br