O nutrólogo esportivo Bruno Cosme, profissional bastante requisitado em São Paulo e com clínica prestes a abrir em João Pessoa, esclarece hoje a seguinte dúvida: Carne processada, por que é ruim? Confira!

“Carne processada é a carne que foi preservada pela cura, salga, defumagem, secagem ou conserva, como: linguiças, salsichas, salame, bacon, presunto, carne enlatada, carnes defumadas, carne seca. A carne processada tem sido associada a doenças como o câncer e doenças do coração em diversos estudos, além de doenças crônicas como: pressão arterial elevada (hipertensão), doença de coração, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer intestinal e de estômago. Uma coisa é clara, a carne processada contém compostos químicos prejudiciais que podem aumentar o risco de doenças crônicas. O nitrito de sódio, por exemplo, é utilizado para preservar a cor vermelha da carne. Nitrito em carne processada pode se transformar em compostos nitrosos nocivos, dos quais os mais estudados são nitrosaminas. Estudos em animais indicam que as nitrosaminas pode desempenhar um papel importante na formação de câncer do intestino e estomago. Também possuem elevadas quantidades de cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha“, comenta ele.

“O consumo excessivo de sal pode desempenhar um papel importante na hipertensão e doenças cardíacas. Esta opinião é corroborada por estudos que mostram que uma dieta rica em sal pode aumentar o crescimento de H. Pylori, uma bactéria que causa úlceras de estômago, que são um importante fator de risco para o câncer de estômago. Por esta razão, comer um monte de produtos de carne processada por um longo período (anos ou décadas) pode aumentar o risco de doenças crônicas, especialmente o câncer. No entanto, comê-los ocasionalmente, não fará mal. Apenas certifique-se de não deixá-los dominar sua dieta e evite comer todos os dias. Consulte um especialista e preferencialmente limite-se a ingestão de alimentos processados e faça dos alimentos integrais e frescos a base da sua dieta“, completa.