Tendências da educação corporativa
As empresas ainda estão se adaptando ao momento de pandemia e projetando avanços significativos na modalidade de trabalho. A educação corporativa ganhou novos membros e novos formatos para se adaptar e incorporar os aprendizados que um mundo mais digital trouxe consigo. A tecnologia faz parte dessa aceleração nos processos corporativos. De acordo com a diretora de desenvolvimento da Fundação Dom Cabral, Marciene Macedo, a tecnologia tem que estar a serviço do humano, não o contrário.
“Nós não podemos inverter a ordem das coisas. Não é submeter o humano à tecnologia. É como usar a tecnologia para dar mais dinâmica à educação executiva. O que não podemos é inverter a ordem das coisas. Além disso, a tecnologia possibilita acesso a conteúdos diversificados, metodologias diferenciadas, que podem tornar a dinâmica mais interessante”, explica Marciene Macedo.
Essa humanização dos processos também deve permear as organizações, conforme explica João Felipe dos Santos, gerente da FDC. “Tudo vai passar por pessoas, principalmente no processo de liderança. A compreensão do ser humano tem exigido necessidade não só com o conteúdo, mas na garantia da aprendizagem”, detalha.
A especialista Marciene Macedo explica que as tendências da educação executiva levam em consideração as tomadas de decisão com base no coletivo e na sociedade. “Hoje nós temos falado muito sobre os impactos social, ambiental e socioambiental de governança”, diz a especialista. Ela explica que quando uma organização toma uma decisão de implementar um novo negócio, por exemplo, ou uma nova unidade de operação, precisa pensar que pode gerar impactos tanto no meio ambiente como em uma comunidade.
A pandemia acelerou um processo que já estava sendo demandado e, de certa forma, obrigou as organizações a acelerarem um processo de tecnologia e de humanização do aprendizado, como a abordagem da emoção para que o processo de ensino seja efetivo. “A pandemia nos levou a considerar aspectos que talvez não existissem no centro da aprendizagem”, ressalta Marciene Macedo.
João Felipe Santos, gerente da FDC, explica que essas mudanças ocasionadas principalmente pela pandemia impactam diretamente na implementação de um modelo de gestão dentro das organizações, a partir do que a tecnologia passa a propor. Com isso, as corporações e os profissionais precisam também se adaptar. “Há uma necessidade de maior diversidade nas empresas, para que possamos dar maior repertório, e tudo isso exige que os profissionais tenham novas competências técnicas. Eles têm que buscar conhecimento com maior frequência e estarem sempre atualizados”, explica Felipe.
Para implantar e incorporar essas tendências e mudanças, Horácio Forte, especialista da FDC, ressalta que hoje as corporações são analisadas com base no PESTAL, isto é, nos quesitos político, econômico, social, tecnológico, ambiental e legal. “São seis pilares que compõem uma análise 360 graus, dando uma visão mais ampla da organização”, finaliza.