Pioneira no uso da ECMO
Como parte do investimento em tecnologia e inovação, desde o ano passado, a Unimed João Pessoa disponibilizou no Hospital Alberto Urquiza Wanderley a ECMO (sigla em inglês para Oxigenação Extracorpórea por Membrana) para pacientes extremamente graves, que atendem a determinadas condições clínicas. Esse equipamento ganhou visibilidade nacional após ser utilizado para tratar o humorista Paulo Gustavo durante as complicações da covid-19.
Mas nem todo paciente grave da covid-19 tem indicação para o tratamento. Essa tecnologia é utilizada apenas em casos de extrema necessidade e em pessoas que atendam aos critérios estabelecidos por protocolos médicos. “É preciso avaliar a idade, se está intubado há muito tempo — uma vez que quanto maior o período, menor a chance do pulmão se recuperar — e também se há complicações graves em outros órgãos”, explica o cirurgião cardiovascular cooperado da Unimed JP, Maurílio Onofre.
O especialista salienta que há contraindicações para quem pode fazer uso da terapia, assim como é necessária uma equipe capacitada para operar o equipamento. “Indicamos o uso no paciente que está com quadro grave de insuficiência respiratória. Quando o pulmão não consegue oxigenar, a ECMO oferece oxigênio para o sangue e retira o gás carbônico, permitindo que o órgão se recupere”, detalha o médico.
A ECMO não trata a covid-19, mas permite que o pulmão tenha repouso. É uma terapia de suporte e um aporte para a recuperação. Por isso, não são todos os pacientes que estão aptos a serem submetidos a esse método. A terapia ainda não consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas está disponível no Hospital Alberto Urquiza para pacientes particulares que necessitarem desse tipo de tratamento.