Palestrantes internacionais na FINCC 2023
A Feira Internacional de Negócios Criativos e Colaborativos (FINCC) acontece de 6 a 8 de outubro no Espaço Cultural em João Pessoa e busca promover a criatividade e inovação nos setores da economia criativa. Para contribuir com este objetivo, o evento trará participações internacionais num intercâmbio de perspectivas e experiências. Colômbia, México e França se juntam aos diversos palestrantes brasileiros em uma oportunidade de colaboração e inspiração ao público.
Álvaro Narvaez, secretário de Cultura de Medellín, na Colômbia, participa com Dominique Roland, diretor do Centro de Artes — Enghien-les-Bains, França, da mesa de debates: “Música e Arte Midiática”. Já Daniel Farfán, diretor de Artesanato da Secretaria de Cultura de Puebla, no México será um dos palestrantes na mesa sobre “Artesanato — Políticas Públicas e Ações de Cooperação”.
Música e Arte Midiática — Álvaro explica que a constante interação entre essas formas de expressão e as tecnologias atuais em Medellín impulsionou iniciativas de transformação digital, tornando a cidade um centro criativo e vanguardista. “Visando buscar soluções para o futuro surgiu a Rede E-CREA (Espacios de Creación y Exhibición de las Artes), locais que ajudam na apropriação da arte da cidade. Assim como os espaços de criação em bibliotecas como áreas de inovação e empreendedorismo; a constituição de Medellín como Vale do Software e os Laboratórios de Produção Sonora, nos quais mais de 5 mil meninos, meninas e jovens são beneficiados com suas oficinas, entre outras iniciativas”, destaca.
Vista no final da década de 80 como a cidade mais violenta do mundo, superando até o Irã, que vivia uma guerra sangrenta, Medellín hoje é um farol da indústria cultural. Álvaro Narváez destaca que a história de violência foi substituída por resiliência e que atualmente, na América Latina, a cidade tem potencial para redes criativas, não apenas a partir da música, mas de encontros sociais e culturais com foco comunitário. “Compreendemos que a única saída daquela escuridão era a transformação cultural e educacional, seguindo os modelos de outras regiões e fortalecendo o intercâmbio com outros países”, conta.
Para ele, no Fórum Internacional de Cidades Criativas, na FINCC, é importante propor roteiros que permitam criar trocas de conhecimento que promovam criações. “A proposta é construir um cenário para o futuro por meio de encontros que trascendam o evento. Que sejam trocas aprofundadas, onde haja uma imersão territorial, um contágio da cultura local. Que as histórias sejam conhecidas pela fonte e não pelo livro ou mediador”, completa Álvaro.
Políticas Públicas e Ações de Cooperação no artesanato — Diretor de Artesanato da Secretaria de Cultura de Puebla, no México, Daniel Farfán é um firme defensor do valor das artes e artesanato na promoção da cultura e da economia criativa. Na mesa de debates ele discutirá a importância dessas artes no contexto cultural e econômico. Para ele, a arte popular é um tesouro inestimável. “Cada obra é uma janela para a nossa história, tradições e identidade como povo. Ela pode servir de inspiração para outros lugares, mas também desempenha um papel crucial na economia criativa, as criações dos artesãos não só geram emprego e meios de subsistência para as comunidades, mas também atraem turistas e compradores de todo o mundo, impulsionando assim a economia local”, destaca.
Daniel destaca que os participantes da FINCC podem esperar uma experiência enriquecedora, com histórias de sucesso, desafios superados e lições aprendidas no campo da arte popular e cooperação entre diferentes atores. “Os visitantes irão aprender lições valiosas como promover o desenvolvimento criativo nas suas próprias regiões. Descobrirão a importância da colaboração e cooperação entre artesãos, designers, instituições governamentais e não-governamentais, bem como viabilizar a comercialização de seus produtos, para que possam prosperar e continuar a transmitir o seu legado cultural”, destaca.
O diretor de Artesanato acredita que a FINCC será uma oportunidade para partilhar emoções, conhecimentos e experiências. “Esperamos que os visitantes se sintam inspirados e motivados para impulsionar o desenvolvimento criativo nas suas próprias regiões, reconhecendo o valor da arte popular como uma ponte entre culturas e uma fonte de orgulho e sustento para as nossas comunidades”, completa.