“O Monsenhor é meio que um cronista. Ele tem sua própria forma de ver o mundo em uma espécie de loucura, mas aquela loucura visionária, revolucionária. A maneira como ele se veste, o que ele pensa, como fala, suas feições. Imaginamos ele como um monsieur com ares de louco, dentro de um universo steampunk, quase como um profeta de sua própria religião”. É assim que é definido o personagem Monsenhor Lunático, criado por um quinteto paraibano. O trecho foi extraído de uma entrevista para o portal G1 Paraíba agora em dezembro para o programa Som Nascente.

Formada por Bruno Hanover (baixo), Erick Filho (guitarra), Leo Noronha (sintetizador e teclado), Matheus Pimenta (vocais e conga) e Max Azevêdo (bateria e backing vocals), a banda passou cerca de um ano em ensaios e gravação até originar o EP homônimo já lançado das plataformas de streaming (Spotify, Deezer, iTunes, SoundCould e YouTube). O trabalho apresenta quatro músicas que formam uma mini-ópera rock, começando com a faixa “Epístola Zero 1”. Nela, o Monsenhor se depara com um templo religioso usurpado por discursos capitalistas. Ao sair do local, ele se depara com crianças abandonadas que cantam para ele a música “Calmante”. Na caminhada, ele ainda topa com um antigo amor platônico e cantarola “A Caixa”. Por fim, sem conseguir encontrar respostas para suas dúvidas sobre a fé, abandono e amores, ele entra em um boteco, enche a cara e vive uma noite hedonista, narrada em “Cheiro de Plástico”.

Em 26 de janeiro de 2018, a banda fará o show de estreia em João Pessoa, Paraíba, no Miragem, junto com o grupo de trip-hop Rieg.