Harmonia entre estética e natureza

O Artus Vivence, primeiro empreendimento da GHC Incorporações, nasce com a proposta de unir sofisticação, design e uma forte conexão com a natureza. Para dar vida a essa ideia, o paisagismo foi um elemento essencial no projeto, e a missão ficou a cargo do renomado escritório Burle Marx, referência mundial na área. “O processo de concepção do projeto surgiu de maneira muito natural, sempre entendendo as demandas e expectativas da obra. Obviamente, toda a composição criada em nossos trabalhos carrega um DNA muito característico desenvolvido ao longo de décadas por Roberto Burle Marx, Haruyoshi Ono e demais colaboradores que contribuíram nessa trajetória” , explicou o arquiteto paisagista Júlio Ono, à frente do projeto.
Com um histórico de projetos icônicos no Brasil e no exterior, o escritório Burle Marx traduz sua essência no Artus Vivence ao unir funcionalidade e arte. “A composição adotada no nosso projeto tem uma abordagem técnica, pois precisa entender as necessidades de uso e função da obra. Mas acima de tudo busca praticar também uma abordagem artística”, destaca. O uso de elementos naturais como água e vegetação, aliados a formas sinuosas e geométricas, fazem parte do DNA do escritório que busca valorizar a experiência dos usuários dentro do espaço projetado.
O projeto do Artus Vivence conta ainda com a assinatura dos arquitetos Ricardo Nogueira e João Armentano. A sintonia entre as equipes foi essencial para garantir harmonia entre os elementos. “Houve uma grande interface com os arquitetos envolvidos, o que nos deixou muito felizes por entender que o caminho imaginado no início dos trabalhos se concretizava com a evolução do projeto”, ressalta o paisagista. Ono afirma que essa troca entre profissionais de diferentes áreas e disciplinas é uma característica que marcou o legado de Burle Marx e continua sendo valorizada pelo escritório.
Para a grande inspiração do projeto, Ono buscou referências na paisagem natural ao entorno, que ele classificou como “exuberante” e a vivência das pessoas que habitam a região. “Há no projeto paisagístico do Artus uma grande interface com o elemento água, presente tanto no pavimento de chegada quanto no rooftop, que busca reverberar o que é tão presente naquele lugar, o mar.”, ressalta.
Uma das soluções mais disruptivas do projeto foi a eliminação dos tradicionais muros na entrada do empreendimento. “O conceito arquitetônico foi propor um edifício sem grade ou fechamento frontal, dando a impressão de que a calçada pública e o jardim entram no prédio”, explica ONO. Para isso, foram incorporados espelhos d’água em diferentes níveis, criando uma barreira horizontal sutil entre o espaço público e o privado. A vegetação, por sua vez, foi estrategicamente disposta para proporcionar um fechamento natural sem bloquear completamente a visibilidade dos passantes.
A vegetação foi selecionada para se adaptar ao ambiente, levando em conta fatores como orientação solar, ventos predominantes e proximidade com o mar. O paisagismo inclui espécies nativas e exóticas adaptadas, como Pau-brasil, Açaí, Jabuticabeira e Imbê, além de ornamentais como Rabo-de-raposa, Pinanga, Laca-vermelha e Pata-de-elefante.
Mais do que um elemento estético, o paisagismo do Artus Vivence foi pensado para proporcionar bem-estar aos moradores. “Em função da velocidade da vida das pessoas que habitam os grandes centros urbanos, a conexão com a natureza se tornou algo não só importante, mas acima de tudo necessário”, reflete Ono. Para o arquiteto, sua expectativa é que os futuros moradores do empreendimento possam usufruir do espaço de forma plena, vivenciando o contato com os elementos naturais incorporados ao projeto.
O Artus Vivence está em construção na Orla de Cabo Branco e tem previsão de entrega para 2027.