Benefícios dos probióticos
Bactérias são comumente associadas a fatores negativos, porém, além de essenciais ao funcionamento do organismo, o consumo dos chamados probióticos age na microbiota intestinal proporcionando benefícios à saúde. De acordo com a nutricionista Jéssica Lisboa, da equipe de promoção de saúde da Unimed João Pessoa, a ingestão desses microorganismos vivos auxilia no reequilíbrio e na proteção da barreira intestinal e contribui para a redução de inflamações e prevenção de doenças. “Ao serem consumidos, eles atuam para evitar desde problemas gástricos até reduzir a incidência de candidíase nas mulheres”, explica.
Os probióticos são bactérias e leveduras que podem ser ingeridos em alimentos ou suplementos. “Eles estimulam a imunidade, atuam na resistência aos organismos que causam problemas de saúde, proporcionam o equilíbrio intestinal após o uso de antibióticos, aliviam a prisão de ventre, promovem a absorção de minerais e a produção de vitaminas”, destaca.
Na saúde da mulher, os probióticos associados a uma alimentação balanceada favorecem o bem-estar intestinal, revertendo desde quadros de intestino preguiçoso, até alterações de humor. “Pelo menos 95% de toda serotonina é produzida no intestino e quando ele não está bem regulado a produção é reduzida. Além disso, a utilização desses microrganismos diminui a proliferação de bactérias patogênicas e fungos que tendem a migrar para o estômago e trato urinário. Assim, evitamos problemas gástricos e minimizamos a incidência de candidíase. Afinal, quando há um desequilíbrio intestinal as bactérias nocivas migram para todas as partes do corpo”, explica.
Predisposição genética e desequilíbrio na microbiota podem levar a distúrbios como Síndrome do Intestino Irritável, ou até mesmo câncer de cólon retal. Quanto ao estômago, a nutricionista informa que os probióticos atuam para minimizar refluxo, gastrite, úlceras e esofagites. “Já em relação ao sistema imunológico, ele pode ficar enfraquecido por má alimentação ou excesso de medicação na saúde bucal, e os probióticos ajudam a prevenir gengivites e candidíase oral”, completa.
A especialista conta, ainda, que existem cepas específicas para cada objetivo do indivíduo. “Algumas delas vão beneficiar no combate à obesidade, outras atuam no controle da ansiedade ou depressão, que são chamadas de psicobióticos. Já para quadros de autismo, são outras variantes. Geralmente, os probióticos são constituídos de lactobacillus ou bifidobactérias”, ressalta.
De acordo com ela, a ingestão natural deve ser constante por meio da alimentação saudável. A suplementação só é indicada para corrigir ou repovoar a microbiota que sofreu algum dano. “Além disso, outros fatores contribuem para a estabilidade da microbiota, como praticar atividade física, moderar a ingestão de álcool e reduzir o consumo de cigarro e evitar níveis de estresse. A suplementação será recomendada apenas se a pessoa, após consulta com profissional capacitado, apresentar sinais clínicos de sua necessidade. Assim, o profissional prescreverá aquele probiótico na quantidade, tempo, horário ideal para a situação”, alerta e reforça que as pessoas não devem se automedicar, nem adquirir probióticos em farmácias sem orientação médica, pois podem causar risco à saúde.
Veja alguns alimentos que são probióticos:
*Leite fermentado, iogurte natural, kefir;
*alguns tipos de queijo, como cottage;
*chicória, alcachofra de Jerusalém, chucrute;
*bebida kombucha;
*pães com fermentação natural, aveia em flocos grossos que contém fibras, que são alimento para as bactérias do intestino.;
*vinagre de maçã;
*chocolate 70% cacau;
*natto, misô (alimentos fermentados de origem japonesa);
*tempeh (Alimento fermentado de origem indiana);
*frutas como banana e biomassa de banana-verde.