A Associação Paraibana de Imprensa (API), entidade de classe que representa jornalistas e órgãos de imprensa da Paraíba, com cerca de 1.800 associados, encerra mais um ciclo de sua administração deixando um legado: a criação do Arquivo e Museu da Imprensa Wills Leal.

A gestão, liderada pelo presidente João Pinto, atravessou momentos difíceis em razão da pandemia que assolou o mundo inteiro. Entretanto, e no apagar das luzes, João Pinto e a atual diretora social, Messina Palmeira, idealizaram esse projeto que homenageia o saudoso jornalista Wills Leal.

Esse espaço cultural pretende, além de enaltecer a figura do escritor, crítico de cinema e jornalista Wills Leal, abrigar documentos e objetos que fazem parte da imprensa paraibana e brasileira como forma de preservar a memória e servir de pesquisa para as atuais e futuras gerações.

 

Sobre a API

O dia sete de setembro, na cidade de João Pessoa, além de marcar a Independência do Brasil, é marco de um acontecimento muito importante: a criação da Associação Paraibana de Imprensa(API), no ano de 1933. Nessa data, a presença do presidente Getúlio Vargas em nosso estado, acompanhado de comitiva e jornalistas de importantes meios de comunicação, propiciava um campo fértil para a criação da API. O local escolhido para a sede, o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, à época presidido por Florentino Barbosa Ferreira Leite, foi tomado por jornalistas e intelectuais. Entre eles, estava o então ministro da Viação e Obras Públicas, José Américo de Almeida.

Depois dos discursos de praxe, estava formada a primeira diretoria da API, composta pelo diretor do jornal A União, Samuel Duarte (presidente), João Santa Cruz (vice-presidente), Raul de Góis (primeiro secretário), Lourival Lacerda Lima (segundo secretário), Aderbal Piragibe (orador) e José Alves de Melo (tesoureiro).

 

Sobre Wills Leal

O paraibano Wills Leal nasceu em Alagoa Nova no dia 18 de setembro de 1936 e faleceu em João Pessoa no dia 7 de maio de 2020. O casal Antônio Leal Ramos e Ana Meira Leal Ramos, além de Wills, teve os seguintes filhos: José de Anchieta, Teócrito, Antônio, Antonieta, Maria Júlia, Ana Maria, Maria Albanira e Ana Quino.

Apesar de nunca ter se casado e ter se tornado um solteirão convicto, Wills deixou o filho Geraldo Leal e a neta, Gabriella Leal.

O pequeno Wills, apesar de ter sido alfabetizado em casa, concluiu o curso primário no grupo escolar estadual de sua cidade natal. Na capital do estado, matriculou-se no Liceu Paraibano e, em seguida, na Academia de Comércio Epitácio Pessoa. Na antiga Faculdade de Filosofia de João Pessoa (FAFI), graduou-se em Filosofia e, posteriormente, na UFPB, bacharelou-se em Línguas Neolatinas, com especialização em Língua e Literatura Francesa.

O irrequieto paraibano fundou, nos anos 1960, o Maravalha Praia Clube, badalado clube de solteiros, que funcionava à beira-mar da praia de Tambaú, em João Pessoa.

Considerado “um jornalista do batente”, seguiu os passos do tio José Leal, quando ingressou na imprensa como revisor do extinto jornal O Norte.

Apaixonado pela figura feminina, Wills Leal foi o representante e realizador do Concurso Miss Paraíba durante três anos.

Membro da Academia Paraibana de Letras, quando ingressou no ano de 1992, foi o primeiro sucessor da cadeira de número 32. Na Academia, à época presidida pelo acadêmico Manuel Batista de Medeiros, o novel imortal foi recepcionado pelo escritor José Octávio de Arruda Mello.

No ano de 1986, o jornalista Wills Leal, com o apoio dos colegas Sônia Iost de Freitas, Sebastião Barbosa, Waldemar Bispo Duarte, Luiz Martinho Moreira Franco, Luiz Otávio Pereira de Amorim, Astrid Bakke, Juremi Machado Bittencourt, Ronaldo de Castro Dinoá, Ivonaldo Correia da Silva e Antônio Barreto Neto, fundou na sede da API a Associação Brasileira de Jornalistas de Tutismo – seccional Paraíba.

Apaixonado pela Sétima Arte, Wills fundou a Academia Paraibana de Cinema, atualmente presidida pela atriz Zezita Matos, além de ter idealizado o famoso letreiro “Roliúde Nordestina”, colocado na entrada da cidade de Cabaceiras.

O multimídia Wills Leal, que se aposentou como professor do Estado, exerceu cargos e funções sempre relacionados com o turismo paraibano.

 

Diretoria da API em agosto de 2021

João Pinto – Presidente

Sony Lacerda – Vice-Presidente

Cristiano Machado – Secretário Geral

Edmilson Pereira – Tesoureiro

 

DIRETORIAS

Messina Palmeira – Diretora Social

Carlos Aranha – Diretor de Cultura

Joanildo Mendes – Diretor de Assuntos Políticos

Marcus Weric – Diretor de Comunicação Social

 

SUPLENTES DE DIRETORIA

01 – Joelma Alves

02 – Vanderlan Farias

03 – Gil Figueiredo

 

DIRETORIA DE BASE

CAMPINA GRANDE – Astrogildo Pereira

SOUSA – Levi Dantas

CAJAZEIRAS – Petson Santos

 

CONSELHO DELIBERATIVO

1– Antônio Costa

2 – Nena Martins

3 – Padre Albeni Galdino

4 – Damião Lucena

5 – José Euflávio

6 – Naldo Silva

7 – Geovaldo Carvalho

8 – Manelito Freire

9 – Cleane Costa

 

CONSELHO FISCAL

1 – Jackson Bandeira

2 – Antônio Vicente Filho

3 – Fernando Braz

 

SUPLENTES

1 – Djane Barros

2 – José Valde

3 – Teresa Duarte