Ana Hickmann é uma mulher multifunções: apresentadora, mãe, empresária, esposa, empreendedora e jardineira (sim jardineira). Capa da edição de agosto da ESTILO, que chegou nesta segunda-feira (01) às bancas, ela não esconde sua gratidão ao falar das oportunidades que agarrou. “Devo tudo o que tenha à moda.” E nem o preconceito que encarou quando foi para a televisão. “Ouvia as pessoas falando “carinha bonita, cabeça vazia”. Isso me deixava brava.”

Aos 35 anos, dona de 15 licenciamentos, uma rede de franquias e uma marca de roupa com seu nome e um programa de televisão diário, ela continua em busca de seus sonhos. “Já escutei que sou muito ambiciosa, mas acho que as pessoas precisam ter ambição. No meu caso, não é por mais dinheiro. Sou impul­sionada por emoção. Faço o que me dá prazer”, analisa. E gostaria sim de aumentar a família – Ana é mãe de Ale Jr., de 2 anos. “Pelo menos mais um. Falo que queria encher a casa de crianças.”

A trajetória brilhante teve um capítulo recente que poderia ser esquecido: um homem armado invadiu seu quarto de hotel em Belo Horizonte, fez disparos que atingiram sua assessora e acabou sendo morto. O caso teve repercussão nacional e trouxe ao debate a questão da superexposição nas redes sociais. “Nunca achei que fiz algo errado na internet. Nem dar atenção de menos nem em demasia. Mas alguns cuidados eu já tomava, como não taguear minha localização”, explica.

O episódio, apesar de drástico, fortaleceu ainda mais a apresentadora e expôs um lado emotivo e frágil que antes não deixava transparecer. “Não tenho mais medo de deixar as pessoas me verem chorar. Nunca contive as lágrimas quando via, por exemplo, uma reportagem co­movente. Mas, com coisas minhas, sempre me guardei. Essa parte frágil, nunca deixei nin­guém enxergar. Agora, não mais.”