Calça pantacourt
Sucesso entre as mulheres mais ousadas dos anos 1980, a calça “pantacourt” é intrigante, polêmica e divide opiniões, mas, sem dúvida, tem trono certo nas coleções primavera/ verão 2015. O motivo das controvérsias é a modelagem e o comprimento, já que ela parece uma pantalona encurtada (cropped), favorecendo, de antemão, as altas, magras de pernas longas. Apesar do estranhamento inicial, há de se reconhecer que ela é confortável e elegante, sobretudo com peças de alfaiataria. E sim, com alguns cuidados e promoção de ilusão de ótica – vejam como temos poder sobre nossa imagem –, mulheres que não estão dentro do padrão de corpo longilíneo podem usar. Vamos às soluções?
1. Já que a “pantacourt” é larga nas pernas, compense com roupas mais ajustadas na parte de cima. Dá até para usar blazers, desde que sejam sequinhos. Algumas bloggers e celebridades usam com blusas largas que ficam lindas nas fotos, mas, para as ruas e vida real, eu prefiro balancear.
2. Para construir um efeito alongador, opte por sandálias e scarpins nude, caso as pernas sejam mais curtas e grossas. Para um ar mais cool, espadrille, sandálias rasteiras, alpargatas, tênis e sapatilhas;
3. Looks monocromáticos ajudam a alongar a silhueta.
4. Seguindo o mesmo propósito, opte pelas de cintura alta. Quanto mais alta, mais causa o efeito alongador e mais elegante.
5. Caso tenha quadril largo, uma ótima pedida são as de tecidos leves, totalmente lisas ou com microestampas.
6. Para as mais magrinhas, abusar do top cropped vai trazer várias possibilidades, desde mais formais, em renda ou crepe, por exemplo, até malhas para os ambientes mais informais.
7. Caso se sinta levemente desconfortável, mas, ainda assim, queira aderir à essa moda, invista em maxiacessórios. Brincos grandes, argolas e, notadamente, colares de várias voltas ou mistura de colares. Muitos, de forma que atraia o olhar do observador para a parte de cima do look.
Intrigante sim, mas possível de usar em looks charmosíssimos, essas calças já invadem as ruas desde o verão europeu, o que faz com que os olhares das mais antenadas, já estejam, no mínimo adaptados. Lembro, queridas, que essas dicas são ideais para as leitoras que ainda se sentem inseguras com as peças e, de forma alguma, são regras intransponíveis. Liberdade e ousadia fazem parte do jogo da Moda.
Beijos e até semana que vem.
Mayrinne Wanderley.
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