Exposição ‘Afetividades’
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) abre, nesta sexta-feira (15), no Hotel Globo, a exposição coletiva ‘Afetividades’, que envolve os artistas visuais Eliz Patrício, Fany Miranda e Guilherme Semmedo. A mostra fica aberta à visitação diariamente, das 8h às 17h, até 15 de janeiro, e o acesso do público é gratuito.
“Para esta exposição selecionamos três dos nossos artistas para apresentar ao público de João Pessoa, nesse período natalino e de férias, uma temática muito significativa e importante que tem a ver com essa temática do afeto, das afetividades”, afirma o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele observa que, nas obras de Eliz Patrício, de Guilherme Semmedo e de Fany Miranda estão visíveis esses elementos simbólicos, seja por meio de uma expressão de religiosidade ou de um laço de identidade. No caso da religiosidade, se expressa na obra de Eliz com as Nossas Senhoras, as famílias e o elemento ambiental que ela traz em sua obra.
Por outro lado, conforme o diretor, Guilherme Semmedo trabalha a questão dos povos originários, uma identidade de origem africana. E a artista Fany Miranda, que vem da grafitagem, tem uma potencialidade criativa muito grande e que trabalha exatamente a questão do afeto, tanto do ponto de vista da temática, quanto das formas.
“Vemos que os artistas sempre trabalham esse lado afetivo com seus filhos, com sua família. Isso é muito importante para nós nesse momento e colocamos essa exposição como elemento de geração de esperança e de solidariedade que o Natal nos inspira”, acrescenta Marcus Alves.
Eliz Patrício leva duas obras da série ‘Devoção da Cor’ e uma Iemanjá que faz uma crítica/reflexão sobre o lixo encontrado nas praias. A obra chama-se Ìbínu Yemanjá – A fúria da Yemanjá. “Em meu trabalho apresento questões que dialogam com o sagrado, através de imagens que representam a fé enquanto processo de afetividade e resistência, de lugar de encontro”, explica a artista.
Eliz Patrício leva duas obras da série ‘Devoção da Cor’ e uma Iemanjá que faz uma crítica/reflexão sobre o lixo encontrado nas praias. A obra chama-se Ìbínu Yemanjá – A fúria da Yemanjá. “Em meu trabalho apresento questões que dialogam com o sagrado, através de imagens que representam a fé enquanto processo de afetividade e resistência, de lugar de encontro”, explica a artista.
Assim ela busca, na criação de suas obras, falar sobre aspectos do sagrado em âmbito social, na preocupação em apresentar novos significados, vivências e sentimentos. “Dessas relações trago contrapontos ao que pode-se dizer devoção, adoração ou santidade, caminhando por um viés contemporâneo. Desse processo, as cores surgem impregnando novos significados, novas formas, força e sensibilidade”, comenta.
A artista visual Fany Miranda ressalta que sempre trabalha a temática do afeto. Ela vai expor uma tela grande. “Eu sou calígrafa há 20 anos e a minha tela tem uma escrita feita a seis mãos: eu e minhas duas filhas, de 5 e 13 anos. Foi realmente uma interação entre nós três. Na tela tem escrito ‘afeto cura’”, descreve.
A obra é feita com a técnica de spray sobre tela. “Ela foi feita com muito amor, muito afeto. Acredito muito em energia. Em tudo que eu faço, quero que as pessoas saiam bem, renovadas. É uma tela que está envolvida com muito amor e muito carinho familiar. Então, minha expectativa é que as pessoas olhem e se sintam bem, que percebam que foi feita com muito afeto. Foi uma brincadeira saudável e o que eu quero passar com essa obra é a cura pelo afeto”, ressalta.
Semmedo acrescenta que a exposição vai ser muito positiva para todos. “Nós, artistas, para a gestão, para dar uma outra visibilidade ao mundo que está meio perdido, incentivando também as visitas, levando as pessoas a conhecer as outras artistas que são nomes bem expressivos”, completa.