Nativas e exóticas
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara, mantido pela Prefeitura de João Pessoa e localizado no bairro do Róger, concentra grande variedade de pássaros, com exuberância de cores, tamanhos e cantos. A população da Capital tem o privilégio de poder ouvir e ver de perto mais de 100 espécies no local. Todas as aves, bem como os mais de 400 animais do Parque, recebem cuidados diários de uma equipe de profissionais dedicados e zelosos.
Praticamente todas as aves abrigadas na Bica, como é popularmente conhecido o Parque, foram encaminhadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou pela Polícia Ambiental. “Essas aves, em geral, são fruto de apreensões de tráfico, criadouros clandestinos ou foram resgatados e necessitavam de tratamento médico veterinário”, explica Thiago Nery, diretor da Divisão de Zoológico do Parque.
A maior parte das aves do Parque está concentrada no Recinto dos Pássaros – uma área cercada, cheia de vegetação e espaços criados para movimentação e abrigo para os pássaros. Muitas das espécies são frutíferas e embelezam o local e servem de alimento para seus habitantes. Segundo a bióloga Helze Lins, no local, diversas espécies convivem tranquilamente, como jacucacas, maracanãs, jandaias, sabiás, galos de campina, chupin, papagaios (verdadeiro e do mangue) e araras de várias espécies, entre outros.
O Recinto dos Pássaros foi projetado para que o visitante do zoológico tenha acesso ao local e tenha a possibilidade de desfrutar da experiência do contato mais próximo a esses animais. Porém, a liberação desse acesso está suspenso, temporariamente, devido o período da reprodução de algumas espécies. “No período de reprodução algumas espécies ficam agressivas. Nossa opção é manter o local fechado ao acesso do público em geral para garantir a segurança e bem-estar dos animais durante esse período delicado” explica a bióloga.
Ela chama atenção ainda para o fato de algumas dessas aves estarem em situação de vulnerabilidade e risco de extinção, a exemplo da Arara Azul – a maior espécie que existe no viveiro – e a Jacucaca, que se reproduz bem em cativeiro. “Os psitacídeos, que são os grupos de aves que incluem os papagaios, araras e periquitos, são as aves mais visadas pelos traficantes pela exuberância das cores e pelo interesse de muitos para criação como animal de estimação doméstico”.