Desenvolvimento da linguagem dos bebês
A pandemia afetou a vida e os hábitos mundiais – e, nas crianças em fase iniciais, o impacto foi muito profundo. A falta de convívio nos primeiros anos de vida afetou o desenvolvimento social e a linguagem.
Para a educadora com mais de 40 anos de experiência, Aldimar Wanderley, diretora e fundadora do Colégio Primeiro Mundo, algumas mudanças após o isolamento social puderam ser percebidas com mais facilidade nos pequenos. “Chamou a atenção o atraso de desenvolvimento e da linguagem que algumas crianças apresentaram.Foi um período muito difícil para eles, de ficar em casa, sem contato com outras crianças, sem ter com quem brincar e, muitas vezes, sem conseguir receber a atenção e o estímulo necessário.Foi algo atípico e que os marcou”, contou.
Segundo Renata Lívia, fonoaudióloga com foco no público infantil, várias questões precisam ser observadas antes de qualquer diagnóstico, e alguns pontos podem se apresentar como causas do atraso de fala. “O uso excessivo de telas antes dos dois anos de idade tem impactado negativamente no desenvolvimento global da criança e consequentemente na aquisição da linguagem. Além disso, não é recomendado ficar perguntando o nome dos objetos ou pedindo para repeti-los de forma insistente”, completa.
Ainda segundo a fonoaudióloga, os erros são comuns durante o período de aquisição de fala, e por isso também não é indicada a correção excessiva. “Ofereça o modelo de fala correto, mas não exija o que não é esperado para sua idade”, explicou Renata.
Comece com o básico – Introduzir a linguagem para as crianças deve ser um processo gradativo. De acordo com Renata, antes do surgimento das primeiras palavras, outras habilidades são indispensáveis como o contato visual, atenção, imitação, gestos, compreensão e intenção de se comunicar. “Os bebês precisam ouvir a linguagem de pessoas do seu convívio para aprender habilidades comunicativas. Uma forma muito simples e muitas vezes desvalorizada é conversar com ela e narrar o que você está fazendo. Fale de forma simples, com muita entonação e sempre que possível, na altura da criança e dê preferência a palavras fáceis”, orientou.
Dar tempo de resposta à criança também é algo fundamental, pois demonstra atenção e desejo em entendê-lo. Imitar sons de coisas e animais é um gesto que pode ajudar, ler com os pequenos de maneira calma e articulada também. “Dê preferência a palavras simples e funcionais do dia a dia, como: dá, pega, água, pai, mãe, vó, acabou, cadê?, bola, meu, sim, não, etc. Colocar objetos que a criança veja, mas não alcance, também pode servir de estímulo para que ela peça, mesmo que no começo seja com a linguagem gestual”, explicou Renata.
Incentivar a independência – Outro meio de auxiliar a comunicação dos bebês é com brinquedos e brincadeiras educativas que incentivem a “independência”. Oferecer para que as crianças peçam, dar opções – oferecer duas frutas ou brinquedos e perguntar qual ela quer. No Colégio Primeiro Mundo, que tem como metodologia a educação sociointeracionista, entender, ouvir e educar as crianças com foco em seus sentimentos e desejos é algo primordial para apenas em um segundo momento introduzir ensinamentos e atividades teóricas.
Atuando com crianças a partir de 1 ano e até o 5ª ano do Ensino Fundamental anos iniciais, o Colégio Primeiro Mundo conta com decoração interativa e lúdica. Para os bebês e aqueles que estudam em horário integral, há uma salinha de descanso. O contato com a natureza é incentivado pela presença de animais – coelhos e calopsitas – e visitas à praia, momento amado pelos pequenos.
Para saber mais sobre o Colégio Primeiro Mundo é só acessar o site https://colegio1mundo.com.br/ e o telefone é (83) 99640-0886. O Instagram é @colegio1mundo .