Lesão por Esforço Repetitivo
Cuidados com a postura no ambiente de trabalho e prática de exercícios físicos, como alongamento e fortalecimento muscular, ajudam a prevenir Lesões por Esforço Repetitivo, conhecidas como LER. Uma síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético.
O distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida. De acordo com a reumatologista Maria Roberta Melo, médica cooperada da Unimed João Pessoa, é preciso focar nos distúrbios que estão associados, e tratar cada um deles adequadamente. “É importante classificar e individualizar cada caso para um melhor sucesso terapêutico”, destaca. Também chamada de Dort (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), a LER é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.
Sintomas – Dados do Ministério da Saúde apontam que em 10 anos os casos aumentaram 185% entre os trabalhadores brasileiros. Segundo a médica, que é presidente da Sociedade Paraibana de Reumatologia, os principais sintomas de LER/Dort são dores osteomusculares que pioram com esforços, principalmente na execução da atividade laboral. “A prevenção começa na adequação do ambiente, jornadas e materiais de trabalho. A prática de exercício físico regular, com alongamentos e fortalecimento muscular, também são aliadas. O colaborador precisa se preparar e manter-se assim para evitar a dor”, destaca.
Alguns sintomas, no entanto, podem não surgir devido ao esforço repetitivo. “Há casos nos quais a dor é causada por força estática, vibrações ou posturas inadequadas. O importante é valorizar as patologias em si — tendinites, principalmente em ombros, cotovelos e punhos; dor miofacial, síndrome do túnel do carpo, lombalgia postural, e outras — para a prevenção e tratamento específico”, ressalta.
Os tratamentos para LER/Dort são específicos para cada tipo de distúrbio e paciente. “Na maioria das vezes, o tratamento é clínico, com anti-inflamatórios, relaxante muscular, corticoide oral, injetável ou periarticular, associado a fisioterapia motora e reabilitação quando necessária. Alguns casos necessitam de tratamento cirúrgico”, aponta.