Estação Cultural e Museu do Trem
Duas ações culturais foram lançadas em Campina Grande neste mês de junho para atender principalmente aos visitantes no período diurno: Estação Cultural, na Estação Velha da cidade, e o Museu do Trem, no Distrito de Galante. Desde o dia 10 deste mês, a Estação está a todo vapor, com turistas e atrações variadas, com programação até o dia 2 de julho. Já o Museu iniciou as atividades no último sábado (17) e será permanente.
Shows, quadrilhas, feira de comidas típicas, brincadeiras, foodtrucks, restaurantes, bodega, entre outras opções compõem a Estação Cultural. A proposta está inserida no projeto integrado que prevê reformas nas estações férreas da Paraíba, transformando esses locais em espaços culturais. Um projeto de revitalização e preservação do patrimônio material e imaterial do forró, que se transformou em identidade cultural do Nordeste e que movimenta toda a cadeia produtiva, gerando desenvolvimento para toda a região.
De acordo com a gestora do projeto de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Eventos do Sebrae, Rosa Maria Correia, tudo começou na Fazenda Olho D’Agua, com a Casa de Cumpade, localizada na propriedade, que criou o passeio do Trem do Forró. A ideia se consolidou como o maior evento diurno e que atrai mais de 900 turistas por passeio em Campina Grande. Com a locomotiva a vapor e os vagões adaptados para o salão do arrasta-pé, o Trem parte da Estação Velha e segue animando os passageiros até o Distrito de Galante.
“O trajeto até o Distrito é de duas horas. Caminho animado por diversos trios de forró Pé de Serra, valorizando a cultura popular da região. Na chegada a Galante, os turistas são calorosamente recebidos por quadrilhas juninas. Durante toda a permanência na Estação, há diversos restaurantes de comidas típicas, ilhas de forró, além das atrações locais e regionais no Mercado Público e do Palco Principal”, disse a gestora.
Em 2016, os empresários Albaniza e Flávio Miranda inovaram o passeio do Trem. Conforme Rosa, eles melhoraram a infraestrutura oferecida aos turistas. “Os empreendedores ofereceram também a alternativa de passeios na cidade de Campina Grande com um ônibus adaptado. O turista pode desfrutar das belezas da cidade ao som do forró”, completou. Albaniza contou que a ONG, Associação Estação Cultural (Assecult), incrementou o projeto do Trem do Forró, quando ele comemorou 20 anos.
“Nós construímos um vagão VIP, que foi caracterizado como os trens de antigamente. A gente viu que o trem gera emprego e renda. Então, se pudesse trabalhar nele mais vezes ao ano, seria melhor. Estamos planejando que o trem passe a acontecer uma vez por mês”, explicou. O projeto da Estação e do Trem tem apoio da prefeitura de Campina, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), STL, empresa que faz a manutenção das linhas férreas.
Museus Interativos – Estes dois espaços serão transformados em Museus Interativos, com exposições, gastronomia, além de uma feira permanente de artesanato na Estação de Santa Rosa, na cidade. A proposta também prevê transformar os galpões abandonados em “Galpões Oficinas”, onde as Associações de Quadrilhas Juninas (Asquaju) e Pontos de Cultura poderão ocupar com as capacitações, cursos e confecção das indumentárias.
“Vamos transformar em espaço da convivência cultural, economia criativa, de transferência de tecnologias sociais e de geração de desenvolvimento sustentável através da cultura nas dimensões simbólica, cidadã e econômica. O projeto integrado é o modelo de arranjo produtivo local indutor do desenvolvimento.”, disse Rosa.
The Koice Brasil – Todas as terças-feiras, na Estação Cultural, haverá a Vila Junina e o Quadrilhando. Houve um evento chamado The Koice Brasil, um concurso de música onde quem canta bem passa de fase e quem não canta “vai pro coice”. Foi apresentado na terça-feira (13) e os três primeiros colocados ganharam prêmios. A realização do evento foi da Secretaria de Cultura, Asquaju-CG e CLIN Produções. O apoio é da prefeitura municipal de Campina Grande.